Um ataque aéreo realizado pelo exército israelense nesta terça-feira (20/08) destruiu a escola Mustafa Hafez, na região centra da Faixa de Gaza, matando ao menos 12 pessoas e deixando dezenas de feridos.
Os primeiros reportes das autoridades de Gaza sobre o ataque informam que ao menos duas das vítimas eram crianças.
Apesar de se tratar de um colégio, é importante destacar que a maioria dos edifícios escolares de Gaza estão sendo utilizados como refúgios para pessoas que foram obrigadas a se deslocar dentro do território palestino, razão pela qual a maioria dos que estavam no local na hora do bombardeio eram adultos.
Segundo as autoridades locais, os corpos foram levados para o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, no bairro de Deir el-Balah, onde também estão sendo cuidadas as dezenas de pessoas feridas no ataque israelense.
Palestinos velam corpos de vítimas do bombardeio contra escola Mustafa Hafez, no centro de Gaza
Negociação de cessar-fogo e ‘parcialidade cega’ dos EUA
O ataque acontece em meio às negociações de um possível cessar-fogo na região. O diálogo acontece na cidade do Cairo e tem Egito, Catar e Estados Unidos como mediadores.
No momento, as conversas estão travadas após a apresentação de uma proposta de trégua feita pelos Estados Unidos, a qual foi aceita por Israel e rechaçada pelo Hamas.
O grupo de resistência palestino acusa os norte-americanos de “alterarem diversas vezes os termos das negociações”, e afirmam que as mudanças respondem às exigências feitas por Tel Aviv, o que expõe o que chamam de “parcialidade cega” dos Estados Unidos durante o diálogo.
Até o momento, foram registradas mais de 40 mil mortes oficiais desde o início dos ataques israelenses contra Gaza, em outubro do ano passado. Também foram contabilizadas mais de 93 mil pessoas feridas durante a ofensiva militar de Israel.
