Um ataque aéreo israelense contra a escola Hafsa al-Faluja, localizada no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, deixou ao menos 15 mortos nesta quinta-feira (26/09), de acordo com as informações da Defesa Civil local. Segundo a emissora catari Al Jazeera, vários palestinos deslocados que se abrigavam na estrutura ficaram feridos, sendo alguns em estado grave.
Os militares israelenses justificaram o bombardeio alegando que a escola era usada como um “centro de comando e controle” para o Hamas. No entanto, não se trata da primeira vez que Israel tem como alvo instalações civis, como escolas e hospitais, que servem de abrigo para os deslocados.
A agência de notícias Associated Press (AP) informou que as equipes de resgate tiraram as vítimas para fora do complexo escolar “em meio a escombros generalizados e multidões de pessoas”.
De acordo com um morador local ouvido pela Reuters, o instituto foi atingido por “dois mísseis”. Acrescentou ainda que quando os dispositivos colidiram na estrutura, pensou que tivesse ocorrido “um terremoto”.
“Deveria ser um lugar para os deslocados encontrarem um santuário, pessoas que não têm mais opções”, relatou. “Foi um massacre chocante.”
Desde 7 de outubro de 2023, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) deslocaram aproximadamente 90% do total de 2,3 milhões de habitantes no enclave. A campanha militar israelense, que está prestes a completar um ano, resultou em mais de 41 mil mortes, vitimando em sua maioria mulheres e crianças.
Nesse contexto, muitas escolas foram transformadas em abrigos. Entretanto, segundo análises de satélite das Nações Unidas (ONU), pelo menos 61% dessas estruturas foram diretamente atingidas pelas forças israelenses durante o conflito, enquanto 24% delas se encontram danificadas.
(*) Com Ansa e Telesur