Israel mata 28 palestinos em Gaza e fere 20 que buscavam por ajuda humanitária
Ofensivas israelenses acontecem no momento em que tropas ordenam novas evacuações no norte e na Cidade de Gaza para ampliar incursões terrestres
Ao menos 28 palestinos foram assassinados em dezenas de ataques aéreos israelenses na manhã desta sexta-feira (30/05) na Faixa de Gaza, de acordo com os relatos fornecidos por fontes médicas à emissora catari Al Jazeera. As ofensivas seguem em curso no momento em que as tropas do regime sionista ordenaram novas evacuações forçadas em cinco áreas no norte do enclave e na Cidade de Gaza para ampliarem suas incursões terrestres.
Já na área central, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) atiraram e feriram mais de 20 pessoas que estavam procurando por ajuda no mais novo ponto de distribuição de suprimentos criado no local, escolhido pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e apoiado pelos Estados Unidos: a Fundação Humanitária de Gaza. Segundo a Al Jazeera, trata-se de uma iniciativa “controversa”, na qual as Nações Unidas (ONU) e diversas ONGs se recusaram a participar de suas operações.
Em um artigo publicado em 24 de maio, o jornal norte-americano The New York Times mencionou funcionários israelenses, que falaram sob condição de anonimato, para informar que o plano para suposta ajuda em Gaza foi “concebido e desenvolvido em grande parte por israelenses como uma forma de prejudicar o Hamas”.

X/IDF
No dia anterior, o governo de Israel ordenou o fechamento do Hospital al-Awda, no norte de Gaza, obrigando as autoridades de saúde a realocar dezenas de pacientes que permaneciam no centro médico, em meio aos bombardeios.
O Ministério da Saúde de Gaza classificou a medida israelense como uma “continuação das violações e crimes” contra o setor médico da Palestina. Segundo as autoridades sanitárias, o Al-Awda foi o último hospital em funcionamento no norte de Gaza.
“O Ministério da Saúde pede a todos os lados envolvidos que garantam proteção ao sistema de saúde na Faixa de Gaza, conforme garantido pelas leis internacionais e humanitárias”, disse a pasta em comunicado.
