Israel mata 5 jornalistas palestinos nas últimas 24 horas
Novas fatalidades elevaram a 158 o número de profissionais da imprensa mortos na Faixa de Gaza desde início do massacre
Cinco jornalistas palestinos foram mortos em diferentes locais da Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, informou o escritório de mídia do governo local neste sábado (06/07).
Segundo o jornal Middle East Eye, os repórteres assassinados por ataques israelenses durante sua atuação são: Saadi Madhuk, Adeeb Sukkar, Amjad Al-Jahjouh, Wafaa Abu Daba’n, e Rizq Abu Shakian.
Em um comunicado, o órgão governamental disse que as novas fatalidades elevaram a 158 o número de jornalistas palestinos mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023.

Organizações de direitos humanos alertaram diversas vezes que o exército israelense tem visado deliberadamente os jornalistas palestinos desde o início da guerra em Gaza para impedir a denúncia do genocídio que comete no enclave.
Em fevereiro passado, o International Center for Journalists (Centro Internacional para Jornalistas), uma ONG com sede em Washington, nos EUA, anunciou que a guerra em Gaza havia registrado os níveis mais altos de violência contra jornalistas em 30 anos.

Organizações de direitos humanos alertaram diversas vezes que o exército israelense tem visado deliberadamente os jornalistas palestinos
A organização pediu a Israel que parasse de matar jornalistas e investigasse os incidentes de suas mortes nas mãos de seu exército.
Israel, desrespeitando uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige um cessar-fogo imediato, tem enfrentado condenação internacional em meio à sua contínua e brutal ofensiva em Gaza desde o ataque de 7 de outubro de 2023 do grupo palestino Hamas.
Desde então, mais de 38.000 palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças, e mais de 87.700 ficaram feridos, de acordo com as autoridades de saúde locais.
Quase nove meses após o início da guerra israelense, vastas áreas de Gaza estão em ruínas em meio a um bloqueio incapacitante de alimentos, água potável e medicamentos.
Israel também é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça, cuja última decisão ordenou que o país interrompesse imediatamente sua operação militar na cidade de Rafah, no sul do país, onde mais de um milhão de palestinos buscaram refúgio dos ataques no norte e centro de Gaza.
(*) Com Monitor do Oriente Médio
