Israel mata 51 palestinos que aguardavam ajuda humanitária em Gaza

Pelo menos 51 palestinos foram mortos e mais de 200 ficaram feridos em ataques israelenses enquanto aguardavam caminhões de ajuda humanitária em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, segundo informaram nesta terça-feira (17/06) o Ministério da Saúde e um hospital local ao jornal britânico The Guardian.

De acordo com o Dr. Mohammed Saqer, chefe de enfermagem do hospital Nasser, cerca de 300 vítimas deram entrada na unidade após o ataque. Ele relatou que os civis foram alvos de tanques israelenses enquanto esperavam por alimentos. “O hospital não pode mais lidar com um número tão alto de casos”, afirmou Saqer, ressaltando a situação crítica da infraestrutura de saúde em meio à escalada do conflito.

Os ataques a pessoas em busca de ajuda não se restringiram ao sul do enclave. No noroeste da Cidade de Gaza, outras cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas após ataques das forças israelenses contra civis que também aguardavam por suprimentos.

Cisjordânia

Bairros palestinos no norte da Cisjordânia foram alvos de ataques brutais. Colonos armados atearam fogo em terras agrícolas e demoliram casas com uso de tratores. Tais medidas enfatizam a política sionista de Benjamin Netanyahu que busca expulsar os palestinos de suas terras.

Gaza bombardeada
Nações Unidas / Divulgação

Em 29 de maio, os ministros israelenses da Defesa, Israel Katz, e das Finanças, Bezazel Smotrich, aprovaram a construção de 22 assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada, incluindo a legalização de alguns dos chamados “postos avançados”, colônias instaladas sem autorização da própria gestão.

Os incidentes reforçam a crescente crise humanitária na Faixa de Gaza, no qual o bloqueio prolongado e os constantes bombardeios tornam o acesso à assistência básica cada vez mais difícil para a população civil.

Desde o inicio do conflito, Israel matou 55.432 pessoas e feriu 128.923.