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Matéria atualizada às 11h36 em 26 de junho de 2025

Os ataques israelenses na Faixa de Gaza provocaram ao menos 103 mortos e 219 feridos nas últimas 24 horas desta quinta-feira (26/06), de acordo com a agência de notícias palestina Wafa, que acrescentou que todas as vítimas foram transportadas para hospitais da região.

A ofensiva ocorreu dois dias após o cessar-fogo entre Irã e Israel, e o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de israelense (IDF, na sigla em inglês), Eyal Zamir, ter afirmado que as  operações militares agora passam a se concentrar no território palestino.

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“Agora, o foco retorna a Gaza, para trazer os reféns para casa e derrubar o governo do Hamas”, disse Zamir.

Desde o início do genocídio, o número de mortos no enclave chegou a 56.259, enquanto outras 132.458 pessoas ficaram feridas. Fontes médicas confirmaram que, do total de vítimas, 5.936 foram mortas e 20.417 ficaram feridas desde 18 de março de 2025, quando as IDF violaram o acordo de cessar-fogo e retomaram suas hostilidades em Gaza.

Além disso, desde que a Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada por EUA e Israel, começou a operar há quatro semanas, pelo menos 549 civis foram mortos, 4.066 ficaram feridos e 39 permanecem desaparecidos enquanto tentavam obter ajuda, de acordo com o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza.

“A ocupação está usando comida como arma de extermínio em massa, transformando o que alega ser ‘ajuda’ em uma ferramenta de extermínio e dominação”, declarou o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza. O órgão ainda acrescentou que os ataques são “armadilhas mortais”, e que o que está acontecendo nesses “chamados centros constitui um crime de guerra de pleno direito, pelo qual a ocupação israelense tem responsabilidade primária e direta”.

Centros de ajuda humanitária viram alvos de ataques israelenses
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UN News

“Proteger nosso povo palestino”

Pelo menos três palestinos foram mortos e vários ficaram feridos em um ataque de colonos contra a vila de Kafr Malek, a nordeste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, na quarta-feira (25/06).

Segundo o jornal britânico The Guardian, um comunicado militar israelense informou que dezenas de colonos atearam fogo a propriedades palestinas. Tropas e policiais foram enviados ao local após relatos de violência, incluindo troca de pedras. O comunicado alegou que vários palestinos abriram fogo e atiraram pedras contra as forças israelenses, que reagiram. Cinco colonos foram presos. Um oficial das Forças Armadas israelenses ficou levemente ferido.

“Apelamos à comunidade internacional para que intervenha urgentemente para proteger o nosso povo palestino”, declarou Hussein al-Sheikh, vice-presidente da Palestina, na plataforma X.

Em outro episódio, um menino palestino foi morto a tiros pelo exército israelense durante uma incursão na cidade de Al-Yamoun, a oeste de Jenin, também na Cisjordânia, informou o Crescente Vermelho Palestino.

O Ministério da Saúde, com sede em Ramallah, informou em nota: “A criança Rayan Tamer Houshiyeh foi morta após ser baleada no pescoço por soldados” em Al-Yamoun, a noroeste de Jenin.

Na última segunda-feira (23/06), o Ministério da Saúde também havia reportado a morte de um adolescente palestino de 13 anos, identificado como Ammar Hamayel, baleado pelas Forças Armadas do governo de Benjamin Netanyahu em Kafr Malek.

(*) Com Ansa, The Guardian e Al Jazeera