Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Segundo a Defesa Civil do território palestino, apenas nesta quinta-feira (15/05), mais de 115 pessoas foram mortas pela escalada de bombardeios de Israel na região.

Os ataques se intensificaram no dia em que o povo palestino marca os 77 anos da Nakba (catástrofe), assim chamada a expulsão forçada de mais de 750 mil pessoas de suas terras em 1948.

Os ataques na quinta-feira se somam a uma escalada desde que as negociações por um cessar-fogo, com a intermediação dos Estados Unidos, pareciam avançar.

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Na quarta-feira (14/05), os bombardeios mataram 80 pessoas, com ataques aéreos no norte de Gaza, inclusive sobre o campo de refugiados de Jabalia e, no sul, atingindo o Hospital Europeu, em Khan Younis.

Eles se deram após a libertação do refém israelense-americano Edan Alexander pelo Hamas, na segunda-feira (12/05). Em comunicado, a organização afirmou estar pronta “para iniciar imediatamente negociações para chegar a um acordo abrangente para um cessar-fogo duradouro”.

Após o ataque na quarta-feira, o Hamas disse que bombardear casas palestinas e cometer “massacres” não “traria nenhuma forma de vitória a Netanyahu”

Desde 2 de março, Israel bloqueia ajuda humanitária na região
Nações Unidas / Divulgação

Escassez de recursos

Enquanto isso, a escassez de comida, água, medicamentos e outros suprimentos básicos atinge níveis alarmantes na Faixa de Gaza.

Desde o dia 2 de março, o governo de Israel impede a entrada de qualquer ajuda humanitária na região.

Nesta quinta-feira, o Hamas insistiu que a retomada do envio de bens essenciais ao território é “o requisito mínimo” para o reinício das negociações.

E afirmou estar pronto para “entregar o governo imediatamente se chegarmos ao fim desta guerra”.

Nesta sexta-feira, antes de embarcar de volta aos Estados Unidos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi questionado sobre Gaza pelos repórteres.

“Estamos olhando para Gaza. E vamos cuidar disso. Muitas pessoas estão morrendo de fome”, afirmou.

É segunda vez que Trump menciona Gaza em suas declarações. Ontem, ele afirmou que ficaria “orgulhoso” se os Estados Unidos tomasse Gaza para torná-la tornasse uma “zona de liberdade“.