Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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A Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) informou no sábado (16/08) que Israel reduziu a chamada “zona humanitária”, uma área considerada “segura” para os civis fugirem dos ataques operados pelos militares israelenses, a apenas 11% do território da Faixa de Gaza.

Em rede social, a organização criticou as recentes ordens de evacuação emitidas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês), ao afirmar que elas provocaram “caos e medo” entre as pessoas em situação de deslocamento forçado. Na sexta-feira (15/08), a UNRWA revelou que aproximadamente 84% da Palestina foi colocada sob ordens de evacuação pelos militares desde 7 de outubro de 2023.

“Milhares de famílias continuam sendo deslocadas em Gaza à medida que as autoridades israelenses disseminam novas ordens de evacuação. As chamadas ‘zonas humanitárias’ encolheram a apenas 11% do enclave, causando caos e medo entre os deslocados”, disse a agência, reiterando o apelo a um cessar-fogo imediato.

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Entre sexta-feira e sábado, um dos porta-vozes das IDF, Avichay Adraee, ordenou que a população civil evacuasse o campo de refugiados de Al Maghazi, no centro do enclave, sob ameaça de novos bombardeios na região. A orientação foi que se mudassem para uma “zona segura” no sul.

Twitter/UNRWA
A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) revelou que aproximadamente 84% da Palestina foi colocada sob ordens de evacuação pelos militares israelenses desde 7 de outubro de 2023

No entanto, houve instruções semelhantes às pessoas que estavam situadas em Khan Younis, no sul de Gaza, e Deir al-Balah, no centro. Esta última área, no domingo (18/08), foi alvo de bombardeios que resultaram na morte de uma família inteira, incluindo seis crianças. Os palestinos foram obrigados a deixar bairros que antes eram considerados “zonas humanitárias”.

“Mais uma ordem de evacuação — milhares de famílias acabaram de chegar na área, após outra ordem para que se deslocassem de Khan Younis”, criticou a porta-voz da UNRWA, Louise Wateridge, na ocasião, pela plataforma X.