Terça-feira, 8 de julho de 2025
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Durante a edição desta segunda-feira (30/06) do seu programa televisivo semanal Con Maduro +, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o diplomata alemão Volker Türk, alto comissário para os direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de “agir de forma omissa diante do genocídio na Faixa de Gaza, ignorando os assassinatos de crianças, mulheres e idosos palestinos”.

“Todos os dias ele ignora a cifra de mortes que só aumenta, não só na Palestina, também nas ações do estado genocida de Israel contra o Líbano e em parte do território da Síria”, acrescentou o mandatário venezuelano, durante o programa transmitido pela emissora Venezuelana de Televisão (VTV).

Maduro mencionou uma campanha organizada por diferentes organizações pela defesa dos direitos humanos, pedindo a renúncia de Türk, dizendo que a iniciativa conta com seu apoio.

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“O alto comissário segue uma agenda que não é a dos direitos humanos, é a agenda dos interesses de Washington e das elites europeias”, alertou o líder bolivariano, acrescentando, em seguida, que “os Estados Unidos e a União Europeia são cúmplices dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos”.

Maduro afirmou que EUA e União Europeia são cúmplices de Israel nos crimes cometidos contra os palestinos na Faixa de Gaza
Venezuelana de Televisão

Colapso das Nações Unidas

Em outro trecho do programa, o presidente da Venezuela disse lamentar que “o trabalho feito pelo gabinete do alto comissário (Türk) mostra mais um sintoma da degradação absoluta que este órgão pertencente ao sistema da ONU vem sofrendo”.

“As Nações Unidas entraram em colapso; foram sobrecarregadas por esta situação. Não há nenhuma organização que valha um centavo, como diríamos em termos venezuelanos. E isso é algo que nós lamentamos, porque acreditamos no sistema de direitos humanos das Nações Unidas”, observou Maduro.

Ao finaliza, o mandatário venezuelano disse que o desgaste da ONU é consequência da ascensão da extrema direita no mundo, mas que espera ver a queda dessa onda e o restabelecimento dos sistemas jurídicos internacionais após esse período.

“Depois de superarmos esta conjuntura histórica e sairmos vitoriosos, os países que compõem o mundo multipolar emergente terão que considerar o restabelecimento do sistema das Nações Unidas, com outras características, um sistema mais abrangente”, propôs o presidente.

Com informações de TeleSur.