A Avenida Paulista foi palco, neste domingo (30/06), de uma marcha que mobilizou milhares de pessoas em solidariedade ao povo palestino, vítima da operação militar promovido pelo exército de Israel na Faixa de Gaza, que já dura mais de oito meses (desde outubro de 2023) e que já matou mais de 37 mil civis.
O Ato Nacional em Defesa da Palestina foi convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO), em ação conjunta com várias organizações sociais, como a Coordenação Nacional dos Comitês de Luta, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), o Instituto Brasil Palestina (Ibraspal), o Coletivo Indígena Terra Vermelha, entre outros.
Segundo o Diário da Causa Operária, delegações de diversas regiões do Brasil viajaram a São Paulo para participar do evento.
Os manifestantes se concentraram na praça Oswaldo Cruz, por volta das 10h, e iniciaram a marcha pela Avenida Paulista por volta das 11h30, após a direção do evento superar uma divergência com a Polícia Militar de São Paulo, que impediu a movimentação de um carro de som – ainda assim, outro carro de som já estava preparado nas proximidades do Museu de Arte de São Paulo (MASP) onde foi concluída a passeata.
Não foi o único protesto registrado em São Paulo em favor do povo palestino neste domingo. Perto dali, na praça Charles Miller, um grupo se manifestou n’A Feira do Livro contra ausência de debates sobre o genocídio palestino.
Presenças ilustres
O ato na Avenida Paulista contou com a presença de personalidades destacadas da política, como o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, e o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta.
Outras figuras destacadas presentes na Paulista foram o jornalista Breno Altman, fundador de Opera Mundi e autor do livro Contra o Sionismo – Retrato de uma Doutrina Colonial e Racista (Editora Alameda), e Ibrahim Sayid Tenório, vice-presidente do Ibraspal.
Em entrevista ao Diário da Causa Operária, Altman afirmou que é preciso “fazer crescer a solidariedade internacional, para que medidas práticas dos governos ocidentais sejam tomadas, de estrangulamento financeiro e diplomático de Israel. A solidariedade internacional é importante para ajudar a resistência palestina a ampliar sua capacidade de combate e reduzir, ainda mais o alcance militar de Israel”.
Por sua vez, Tenório afirmou que “a causa palestina deve servir como um catalisador da luta contra o imperialismo”.
“A causa da libertação da Palestina é o que mais unifica a luta anti-imperialista e anticolonial. Tem países ainda vivendo sob ocupação colonial, como o Saara Ocidental, e outros países na África e na Ásia. Então, é preciso que a causa palestina seja o catalisador destas lutas anticoloniais. A vitória da Palestina é um símbolo da libertação dos povos livres contra o imperialismo, contra o colonialismo. A causa palestina unifica e reforça a luta”, explicou.
Com informações do Diário da Causa Operária.