O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou nesta quinta-feira (21/11) que 44.056 pessoas no enclave foram mortas e 104.268 estão feridas em função dos ataques de Israel desde 7 de outubro de 2023. Apenas nas últimas 24 horas, morreram pelo menos 71 palestinos. Segundo as autoridades locais, a maior parte das vítimas é composta por mulheres e crianças.
A pasta também acrescentou que o número verdadeiro de mortes tende a ser maior porque milhares se encontram desaparecidos e ainda há corpos que estão enterrados sob escombros ou áreas em que as equipes médicas não conseguem ter acesso.
A marca dos 44 mil foi ultrapassada no dia em que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, acusados de “crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos de pelo menos 8 de outubro de 2023 até pelo menos 20 de maio de 2024”.
Segundo o TPI, existem “motivos razoáveis” de que Netanyahu e Gallant “intencionalmente e conscientemente privaram a população civil em Gaza de objetos indispensáveis à sua sobrevivência, incluindo comida, água, remédios e suprimentos médicos, bem como combustível e eletricidade”.
Os mandados de prisão contra as autoridades israelenses foram solicitados pelo promotor Karim Khan, além de três líderes do Hamas, em maio.
Sob a liderança de Netanyahu, o exército de Israel destruiu amplas áreas do território palestino, além disso, deslocou forçadamente cerca de 90% da população de um total de 2,3 milhões de pessoas. Atualmente, centenas de milhares estão vivendo abrigadas em acampamentos com pouco acesso à comida, água ou serviços básicos.