Terça-feira, 13 de maio de 2025
APOIE
Menu

Um navio da Flotilha da Liberdade (FFC), coalização que luta para acabar com o bloqueio israelense na Faixa de Gaza, foi atacado por drones, na madrugada desta sexta-feira (02/05), na costa de Malta.

De acordo com o assessor de imprensa da organização, Yasemin Acar, a proa do navio foi atingida duas vezes, causando um incêndio e rompendo o casco. Não houve feridos.

A embarcação transportava ajuda humanitária para o território palestino e pegou fogo às 00h30 (horário local), com 30 ativistas a bordo.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Segundo as autoridades de Malta, às 00h23, a tripulação informou que o incêndio estava fora de controle e solicitou assistência imediata.

À 1h28, o incêndio estava sob controle e outra embarcação foi enviada para fornecer apoio adicional. Às 2h13, foi confirmado que não havia feridos entre a tripulação; e às 3h45, a embarcação foi declarada segura.

“Voluntários de mais de 21 países viajaram para embarcar na missão a Gaza, incluindo figuras proeminentes”,  informou a FFC.

O navio, o Conscience, estava indo para Malta, antes de partir para Gaza, mas não conseguiu chegar ao porto.

Imagem do ataque divulgada pela FFC nas redes sociais logo após o ataque.

Comunicado da FFC

Em comunicado, a FFC exigiu que “os embaixadores israelenses sejam convocados e respondam pelas violações do direito internacional, incluindo o bloqueio em curso e o bombardeio de nossa embarcação civil em águas internacionais”.

A organização insta a comunidade internacional a condenar “a agressão contra um navio de ajuda humanitária desarmado” e que “todos os estados encerrem o apoio político, financeiro e militar ao cerco, bloqueio, ocupação e apartheid ilegais de Israel”.

Pede ainda à sociedade civil que entre “em contato com as embaixadas e altas comissões maltesas em todo o mundo para garantir a segurança dos nossos ativistas humanitários” e exige “uma investigação completa dos ataques das autoridades envolvidas” instando “todos os Estados e organizações internacionais a fornecer assistência”.

Ajuda humanitária

A FFC, formada por ativistas pela paz de vários países no ano passado, usa um barco de pesca convertido para tentar desafiar o bloqueio de Israel em Gaza.

Israel interrompeu a ajuda humanitária há dois meses, pouco antes de quebrar um cessar-fogo e reiniciar sua guerra contra o Hamas, que devastou o enclave palestino e matou mais de 50.000 pessoas.

A Cruz Vermelha alertou que “após dois meses de bloqueio total da ajuda humanitária, a situação em Gaza está à beira do colapso total”.

Pascal Hundt, diretor de operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), afirmou: “Isso não deve ser aceito e a situação não pode se deteriorar ainda mais. Israel tem a responsabilidade de fazer todo o possível para garantir que os civis sob seu controle recebam as condições básicas de que necessitam”.

Com TeleSur, AlJazeera, CNN