Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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A Marinha israelense rebocou o navio de ajuda humanitária Madleen até o porto de Ashdod, onde ele atracou na noite desta segunda-feira (09/06), segundo informações do canal Al Jazeera.

A embarcação foi atacada na madrugada desta mesma segunda, em águas internacionais, quando se aproximava da costa de Gaza, seu destino original.

O Madleen faz parte da Coalizão Flotilha da Liberdade e sua missão era levar alimentos, água potável, medicamentos e outros itens básicos para a população palestina que enfrenta os ataques do exército israelense desde outubro de 2023, quando teve início o genocídio no enclave.

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Os 12 membros da tripulação do navio foram presos e estariam sendo mantidos em celas isoladas, em um centro de detenção na cidade israelense de Ramla.

Entre os ativistas presos está o brasileiro Thiago Ávila, além da ambientalista sueca Greta Thunberg e da eurodeputada Rima Hassan, francesa de descendência palestina.

Os demais nove prisioneiros são, em sua maioria, franceses: Baptiste Andre, Omar Faiad, Pascal Maurieras, Reva Viard e Yanis Mhamdi. Também foram capturados a alemã Yasemin Acar, o espanhol Sergio Toribio, o neerlandês Mark van Rennes e o turco Suayb Ordu.

Tripulantes do Madleen foram sequestrados por Israel e levados a um centro de detenção em Ramla
Coalizão Flotilha da Liberdaade

Incomunicados

A defesa dos tripulantes do Madleen presos em Israel afirma que as autoridades israelenses afirmaram que os 12 detidos poderiam ser soltos esta noite, se concordarem em sair imediatamente do país e desistirem de chegar a Gaza.

No entanto, segundo advogada norte-americana Huwaida Arraf, que lidera a equipe de juristas que auxilia os tripulantes do navio, o governo israelense mantém o grupo incomunicado há 20 horas, “desde o momento da detenção, que foi por si uma ação ilegal e uma violação aos direitos humanos, e a restrição à defesa é outra violação”.

“Temos advogados de prontidão que vão exigir acesso a eles esta noite – o mais rápido possível”, acrescentou Arraf, que também é ativista e co-fundadora do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM, por sua sigla em inglês), além de uma das envolvidas na organização da Flotilha da Liberdade.

De acordo com a jurista norte-americana, “esses cidadãos estavam navegando pacificamente sob o direito internacional, em águas internacionais, e Israel os sequestrou à força”.

“Isso foi feito, como Israel afirma, para ‘manter o bloqueio marítimo de Gaza’, algo que o governo israelense não tem autoridade para fazer”, argumento Arraf.

A advogada instou os países de todo o mundo a responsabilizarem Israel pelo que ela descreveu como “um ato ilegal em violação ao direito marítimo e humanitário”.

Com informação de Al Jazeera.