‘Netanyahu violou cessar-fogo por sobrevivência política’, acusa embaixador palestino na ONU
Diplomata Riyad Mansour afirmou que nas Nações Unidas que premiê israelense ‘pensa mais nos seus interesses políticos pessoais que na sobrevivência dos reféns’
Durante uma reunião realizada nesta terça-feira (18/03) pelo Conselho de Segurança, principal instância da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador palestino na entidade, Riyad Mansour, acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de “violar o acordo de cessar-fogo em nome de sua própria sobrevivência política”.
A declaração aconteceu durante sessão convocada para discutir o ataque perpetrado horas antes pelas forças militares israelenses, nesta mesma terça-feira, o qual marcou o rompimento do acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro.
“Embora o governo Trump tenha priorizado a libertação dos reféns, é evidente que a preocupação de Netanyahu com sua sobrevivência política supera muito sua preocupação com a sobrevivência dos reféns”, disse Mansour, que representa a Autoridade Nacional Palestina (ANP) na entidade global.
Este primeiro bombardeio israelense à Faixa de Gaza em dois meses produziu um saldo de ao menos 419 mortes e 528 feridos, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde local no final da tarde desta terça (hora local, por volta das 12h, segundo a hora de Brasília).

Embaixador palestino Riyad Mansour denunciou Israel em reunião do Conselho de Segurança da ONU
‘Decisões unilaterais’
O diplomata também disse, durante a reunião do Conselho de Segurança, que o bombardeio israelense a Gaza “nos traz a dimensão da tragédia que vivemos (na região), em um momento em que a vida estava começando a triunfar sobre a morte”.
A declaração que faz referência aos esforços para que os habitantes do enclave pudessem retomar suas vidas a partir do cessar-fogo iniciado em janeiro passado.
“Não deveria haver decisões unilaterais, egoístas e irresponsáveis para justificar a quebra de um acordo de cessar-fogo”, acrescentou Mansour.
Com informações de Al Jazeera e RT.
