Netanyahu visitará Trump em meio à pressão por cessar-fogo em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (01/07) que discutirá sobre a situação na Faixa de Gaza e no Irã quando se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na próxima segunda-feira (07/07). O anúncio foi feito aos repórteres posicionados na Casa Branca.

Por sua vez, a autoridade sionista informou que as negociações comerciais também constam na agenda em Washington, assim como reuniões com os chefes do Congresso norte-americano e de segurança.

O encontro previsto para a semana que vem marca a terceira viagem de Netanyahu à capital dos EUA durante o segundo mandato de Trump, iniciado em janeiro. Ele ocorre duas semanas depois que Israel e Irã concordaram com um cessar-fogo mediado pelo republicano na guerra de 12 dias — conflito promovido pelo regime sionista com respaldo norte-americano.

Depois da interrupção de ataques entre Tel Aviv e Teerã, o magnata declarou na sexta-feira (27/06) que o governo israelense e o Hamas estavam prestes a alcançar um cessar-fogo ainda nesta semana. No dia seguinte, o Ministério das Relações Exteriores do Catar afirmou que Doha e outros mediadores em Washington e Cairo estavam trabalhando “para usar o cessar-fogo entre Irã e Israel para reiniciar as negociações de paz em Gaza“.

Segundo o site Al Mayadeen, a visita do premiê sionista ocorre “em meio a alegações de que Washington está intensificando seus esforços para acabar com a guerra em Gaza e garantir a libertação de prisioneiros israelenses”.

“No entanto, é importante notar que os EUA continuam sendo cúmplices da agressão contínua de ‘Israel’ por mais de 600 dias, fornecendo financiamento militar, armas e vetando consistentemente resoluções de cessar-fogo nas Nações Unidas”, enfatizou o veículo.

Em 4 de fevereiro de 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca
Dan Scavino/White House

A reunião entre os presidentes aliados foi inicialmente relatada pelo portal norte-americano Axios, na segunda-feira (30/06) à noite. Em seguida, o jornal The Times of Israel levantou a informação ao citar um funcionário da Casa Branca.

Vale lembrar que, em 27 de maio, o alto funcionário do Hamas, Basem Naim, anunciou que o grupo palestino concordou com uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo enviado dos EUA, Steve Witkoff. Na ocasião, destacou que a essência da iniciativa é “alcançar a cessação da guerra, garantir a retirada das forças hostis e estabelecer as bases para um cessar-fogo permanente”.

No entanto, Netanyahu não apresentou flexibilidade nas negociações, levando o acordo a um impasse e, consequentemente, à continuidade do genocídio em Gaza.