Novos ataques de Israel deixam 25 mortos em Gaza
Exército israelense não respeitou cessar-fogo e retomou bombardeios contra enclave; mais de 51 mil palestinos morreram desde outubro de 2023
Pelo menos 25 pessoas morreram em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde o amanhecer deste domingo (20/04), segundo boletim divulgado pela agência de defesa civil do enclave palestino.
Após dois meses de um cessar-fogo, Israel não respeitou o acordo e retomou os bombardeios contra Gaza em 18 de março, dando novo impulso na guerra que já dura um ano e meio e fez mais de 51 mil vítimas, a maioria delas civis.
“Desde o amanhecer, os ataques aéreos israelenses mataram 20 pessoas e feriram dezenas, incluindo mulheres e crianças, por toda a Faixa de Gaza”, disse Mahmud Bassal, porta-voz da defesa civil, à agência AFP.
Além disso, outros cinco morreram em um bombardeio com drone em Rafah, no extremo-sul do enclave.

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Hospitais pediátricos de Gaza em crise
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou que os hospitais para crianças e recém-nascidos na Faixa de Gaza estão operando em condições extremamente precárias e carecem de equipamentos médicos essenciais.
Em uma publicação no X, a Unicef disse que a sobrevivência das crianças em Gaza agora depende do cessar-fogo e da distribuição imediata de assistência humanitária à área sitiada.
“Os hospitais de Gaza que tratam recém-nascidos e crianças não têm equipamento médico suficiente e estão operando em circunstâncias extremamente difíceis”, disse a agência, pedindo acesso imediato e contínuo à ajuda humanitária.
Na sexta-feira (18/04), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) também relatou que o cerco atual em Gaza é “mais severo do que nas primeiras semanas após 7 de outubro de 2023”.
De acordo com a UNRWA, mais de 420 mil pessoas foram deslocadas em Gaza desde 18 de março de 2025, devido aos recentes ataques israelenses.
(*) Com Ansa e Telesur.
