Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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Novos ataques de Israel na Faixa de Gaza deixaram 43 pessoas mortas nesta quinta-feira (05/06), de acordo com a contagem da emissora catari Al Jazeera, com base em relatos de fontes médicas.

O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, relatou que uma casa em um bairro do sudeste da Cidade de Gaza, uma área que abriga deslocados em Khan Younis, no sul do território, e uma casa em Deir el-Balah, no centro, foram alvos dos ataques.

A Al Jazeera também relatou que um ataque de drone israelense atingiu o hospital Al-Ahli na Cidade de Gaza, no norte do enclave, matando pelo menos quatro pessoas, incluindo três jornalistas. Entre eles, Ismail Badah e Sulaiman Haja, que trabalhavam para o canal Palestine Today.

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Segundo o diretor da instalação, muitas pessoas ficaram feridas no ataque, especificando que este é o oitavo bombardeio israelense no local desde o início da guerra em Gaza, em 2023.

Em meio ao massacre pelos bombardeios, a população palestina segue sob bloqueio de ajuda humanitária e alimentos.

A Fundação Humanitária de Gaza, organização americana pró-Israel, que tem sido responsável pela assistência desde a proibição da agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), anunciou que seus locais de distribuição não foram reabertos na manhã desta quinta-feira (05/06), como planejado, devido a “trabalhos de manutenção e reparos”. A organização deve reabrir para funcionamento nesta noite, segundo a Al Jazeera.

Desde o início de seu funcionamento, dezenas de palestinos morreram na fila em busca de comida, levando autoridades humanitárias, como o ex-porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, a classificar a atuação da agência em Gaza como um “matadouro humano”.

“Centenas de civis são conduzidos como animais para currais cercados e são abatidos como gado no processo”, afirmou à emissora.

Em meio ao massacre pelos bombardeios, a população palestina segue sob bloqueio de ajuda humanitária e alimentos
IRNA/Fotos Públicas

Resgate de corpos

Em meio à continuação do genocídio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira (05/06) que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) recuperaram os corpos de mais dois reféns feitos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Trata-se de Judy Weinstein-Hagai e Gadi Hagai, ambos de nacionalidade israelense-americana, que foram mortos durante a ofensiva de 7 de outubro de 2023 e tiveram seus corpos mantidos no enclave palestino.

Segundo um comunicado de Netanyahu, os cadáveres foram recuperados de Khan Younis, no sul de Gaza, em uma operação especial noturna coordenada pelo Exército e pela agência de segurança interna Shin Bet. No entanto, o premiê israelense não especificou a data em que as tropas do país deflagraram a ofensiva.

“Não pararemos nem permaneceremos em silêncio até que todos os nossos reféns sejam trazidos para casa, tanto os vivos quanto os mortos”, acrescentou, citado pelo jornal local Ynet.

Segundo o jornal Times of Israel, citando uma autoridade israelense, a ofensiva foi possibilitada após detalhes obtidos em um “interrogatório” de um militante do Hamas que foi detido pelas IDF.

Weinstein-Haggai, 70 anos, e Gad Haggai, 72, era um casal israelense-americano que estava no kibbutz Nir Oz durante o ataque perpetrado pelo Hamas. Suas mortes foram conhecidas em dezembro de 2023.

“Agradecemos o encerramento deste capítulo e o regresso para o enterro dos nossos entes queridos, que tinham saído para um passeio e nunca mais voltaram”, afirmou a família através de um comunicado divulgado pelo kibbutz Nir Oz, vilarejo que faz fronteira com Gaza.

Até o momento, das 251 pessoas feitas como reféns pelo Hamas e 7 de outubro de 2023, 55 continuam em cativeiro no enclave palestino, sendo que ao menos 32 podem estar mortas.

(*) Com Ansa, informações de Al Jazeera e Times of Israel