Sexta-feira, 18 de abril de 2025
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O Ministério da Saúde de Gaza divulgou um informe nesta segunda-feira (16/12) mostrando que o número de mortes causadas pelos bombardeios de Israel no enclave superou oficialmente a marca dos 45 mil.

Segundo as autoridades sanitárias, já são 45.028 pessoas foram mortas, enquanto 106.962 ficaram feridas desde o início do massacre, em 7 de outubro de 2023. Somente neste domingo houve 52 novas mortes e 203 pessoas feridas.

Neste fim de semana foram registrados ataques às escolas Khalil Oweida, localizada no bairro de Beit Hanoon, no norte de Gaza, e Ahmed Abdul Aziz, administrada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, por sua sigla em inglês) e localizada perto do Complexo Médico Nasser.

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Os dois ataques juntos produziram 36 mortes, a maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades palestinas.

Também foi relatado que, no norte da Faixa de Gaza, tropas israelenses continuam realizando ataques e bombardeios, um dos quais teria produzido a destruição de dois edifícios residenciais na área de Abu Qamar.

WAFA
Neste domingo (15/12) foram registradas 52 novas mortes, segundo as autoridades palestinas
Mortes indiretas

Além dos informes das autoridades locais, há estudos realizados por entidades médicas que trabalham em Gaza em cooperação com a Crescente Vermelha (entidade similar à Cruz Vermelha que atua em países islâmicos) estimando que o número real de pessoas mortas em função dos ataques israelenses seria até três vezes maior que o divulgado oficialmente.

Esses estudos consideram as cifras de desaparecidos nos escombros e pessoas que morrem não em função dos bombardeios e sim por fome, sede ou doenças que não são tratadas devido às restrições impostas por Tel Aviv ao fornecimento de água, alimentos e insumos básicos.

Uma dessas pesquisas, publicada em julho passado pela revista científica The Lancet, afirmou que o total de vítimas considerando as “mortes indiretas” provocadas pelos ataques israelenses seria de cerca de 180 mil.

O artigo com essa análise foi assinado pelo pesquisador britânico Martin McKee, que é membro do conselho editorial do Israel Journal of Health Policy Research e do Comitê Consultivo Internacional do Instituto Nacional de Investigação sobre Políticas de Saúde de Israel, em colaboração com a jornalista libanesa Rasha Khatib e do médico indiano-canadense Salim Yusuf.

 

Com informações de Al Jazeera.