Um ataque atingiu um centro de vacinação contra a poliomielite no norte da Faixa de Gaza neste sábado (02/11), apesar das pausas humanitárias concordadas entre Israel e o grupo Hamas para permitir a imunização de crianças contra a doença.
“O centro de saúde primária de Sheikh Radwan, no norte da Gaza, foi atingido hoje enquanto pais levavam seus filhos para a vacinação que salva vidas”, disse no X o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, sem apontar culpados pela ação. No entanto, a região está diariamente sendo alvo de bombardeios israelenses.
“Pausas humanitárias haviam sido concordadas para permitir que a vacinação prosseguisse”, afirmou Adhanom, acrescentando que seis pessoas, incluindo quatro crianças, ficaram feridas. Ele ainda afirmou que o ataque “põe em risco a santidade da proteção à saúde das crianças e pode dissuadir os pais de levar seus filhos para a vacinação”.
Nas últimas semanas, Israel tem intensificado seus ataques contra o norte de Gaza, onde organizações internacionais alertam para a crescente escassez de comida e itens de primeira necessidade. As ações militares do Estado sionista contra o enclave palestino já fizeram mais de 43 mil vítimas desde outubro de 2023.
Na primeira fase de vacinação contra a poliomielite, encerrada em setembro passado, mais de 560 mil crianças receberam a primeira dose.
O vírus da pólio, que voltou a circular em Gaza depois de 25 anos sem relatos de contágio, é altamente infeccioso e pode ser transmitido através de esgotos e água contaminada. A doença pode causar deformidades, paralisia e levar à morte.
(*) Com Ansa.