Domingo, 11 de maio de 2025
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A Organização das Nações Unidas (ONU) revelou nesta segunda-feira (23/12) que mais de 100 pedidos de ajuda para Gaza teriam sido negados por Israel desde 6 de outubro passado.

Segundo declarações do subsecretário-geral dos Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, após visitar a região, Gaza se tornou o “local mais mortal e perigoso para trabalhadores humanitários”.

Segundo ele, mesmo com toda a enorme necessidade de auxílio, tem sido “quase impossível entregar até mesmo uma fração da assistência urgentemente necessária”.

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Fletcher inclusive relatou uma situação fora da lei com gangues armadas locais saqueando de forma sistemática os suprimentos de ajuda.

O representante da ONU ainda lembrou que o norte de Gaza está sob cerco quase total há mais de dois meses, exacerbando os temores de fome. Fletcher também alertou para a situação humanitária na Cisjordânia, que é administrada pela Autoridade Palestina, e que também está se deteriorando.

UNRWA/X
Apenas 12 caminhões distribuíram alimentos e água no norte de Gaza em dois meses e meio, segundo a Oxfam
Apenas 12 caminhões de ajuda em dois meses

O relato da ONU condiz com o relatório da organização contra pobreza e desigualdades Oxfam, emitido também nesta segunda-feira (23/12). Ao fazer um apelo à crise humanitária que a Palestina ocupada enfrenta, informou  que apenas 12 caminhões distribuíram alimentos e água no norte de Gaza em dois meses e meio.

“Dos escassos 34 caminhões de alimentos e água que foram autorizados a entrar na província do Norte de Gaza nos últimos dois meses e meio, atrasos deliberados e obstruções sistemáticas por parte dos militares israelenses fizeram com que apenas doze conseguissem distribuir ajuda a civis palestinianos famintos”, escreveu a organização nas redes sociais.

Segundo a Oxfam, “no caso de três deles, assim que comida e água foram distribuídas a uma escola onde os moradores se abrigaram, que foi evacuada e bombardeada poucas horas depois”.

“A situação em Gaza é nada menos que um pesadelo apocalíptico”, sublinhou Bushra Khalidi, responsável político da Oxfam, para a Sky News.

A Oxfam disse ainda que ela e outras organizações humanitárias internacionais têm sido continuamente impedidas de fornecer assistência vital no norte de Gaza desde 6 de Outubro, quando o exército sionista intensificou os seus bombardeamentos.

(*) Com ONU News e TeleSUR