A Alemanha, França e o Reino Unido emitiram nesta segunda-feira (12/08) uma declaração conjunta apelando ao Irã e seus aliados para que se abstenham de ataques a Israel em retaliação aos recentes assassinatos de altos funcionários do Hamas e do Hezbollah.
“Pedimos ao Irã e seus aliados que se abstenham de ataques que aumentem ainda mais as tensões regionais e coloquem em risco a oportunidade de concordar com um cessar-fogo e a libertação de reféns”, afirma o comunicado europeu, assinado pelo presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
Além disso, alerta que Teerã e os seus representantes “terão de assumir a responsabilidade por ações que coloquem em risco a oportunidade de paz e estabilidade” no Oriente Médio.
O trio também endossou o mais recente esforço dos Estados Unidos, Catar e Egito para intermediar um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, que prevê o encerramento da guerra em curso na Faixa de Gaza.
“Os combates devem terminar agora e todos os reféns ainda detidos pelo Hamas devem ser libertados […] o povo de Gaza precisa de entrega e distribuição urgentes e irrestritas de ajuda”, acrescenta a nota.
A declaração conjunta ocorre na sequência de dias de tensões crescentes entre Israel e o Irã, com a morte da autoridade máxima e líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, assassinado em terras iranianas por um ataque atribuído a Tel Aviv, e de Fuad Shukr, chefe do grupo libanês Hezbollah, apoiado por Teerã.
Mais ataques
Apesar dos apelos de contenção, o Hezbollah relatou que um ataque aéreo israelense no domingo (11/08) matou dois de seus combatentes em Taybeh, no sul do Líbano. De acordo com a emissora catari Al Jazeera, em resposta a essa ofensiva, o grupo libanês disparou 30 foguetes no norte de Israel nesta segunda-feira.
Os serviços secretos israelenses afirmam que o país pode ser alvo de um ataque de maior escala nos próximos dias, com eventuais mísseis e drones contra alvos militares, assim como nas proximidades de centros populacionais civis.
(*) Com Ansa