Sexta-feira, 18 de abril de 2025
APOIE
Menu

O Papa Francisco realizou neste domingo (23/03) sua primeira aparição pública após receber alta dos médicos do Hospital Agostino Gemelli, em Roma, onde permaneceu internado durante cinco semanas, devido a problemas pulmonares.

O pontífice de 88 anos foi levado ao balcão do edifício, de onde saudou uma multidão que o aguardava do lado de fora.

Em seguida, o líder da Igreja Católica foi levado ao Vaticano, onde realizou a tradicional oração dominical do Angelus, na qual enfatizou seus anseios pelo “fim imediato” dos ataques israelenses sobre a Faixa de Gaza, além da retomada do diálogo para um cessar-fogo definitivo.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“Estou triste pela retomada dos intensos bombardeios israelenses sobre a Faixa de Gaza, que causaram tantas mortes e feridos”, escreveu o papa em sua oração.

Reféns e ocupação militar

Em outro trecho da oração, Francisco pediu “para que as armas se calem imediatamente e que tenhamos a coragem de retomar o diálogo para que todos os reféns sejam libertados”.

“Que sejamos capazes de alcançar um cessar-fogo definitivo, que os soldados voltem às suas casas, assim como as pessoas que foram deslocadas e querem reconstruir suas vidas”, acrescentou o papa.

Vatican News
Papa Francisco saudou multidão do balcão do Hospital Agostino Gemelli, em Roma

O pontífice avaliou a situação humanitária na Faixa de Gaza, que ele considera “novamente muito grave”, e disse que o cenário exige “o compromisso urgente das partes em conflito e da comunidade internacional”.

Neste mesmo domingo, o exército israelense lançou uma nova ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde obrigou parte da população a se deslocar, ao mesmo tempo em que manteve suas operações no norte do enclave.

Este foi o sexto dia de bombardeios sobre o território palestino desde o rompimento do cessar-fogo, na última terça-feira (18/03). Nesse período, foram registradas pelo Ministério da Saúde de Gaza mais de 600 mortes de civis, fazendo com que o número de vítimas oficiais provocadas pelo exército de Israel, desde o início do massacre em outubro de 2023, supere a marca dos 49 mil.

Saúde do papa

Apesar da alta médica, o Vaticano informou que “segundo a equipe médica, o quadro de saúde (do papa) ainda requer repouso absoluto e sessões de fisioterapia respiratória e motora, além de suporte diário com oxigênio e acompanhamento médico”.

O parecer dos médicos também indicou que o pontífice deve permanecer em repouso, sem realizar atividades oficiais, por ao menos dois meses. Caso isso seja cumprido, ele ficaria impedido de participar dos eventos relativos à Páscoa católica, programados para meados de abril.

 

Com informações de ANSA e RT.