Polícia em Berlim agride ativistas pró-Palestina durante marcha no Dia Internacional da Mulher
Imagens que circulam em redes sociais mostram agentes alemães dando empurrões, socos e chutes em mulheres; ao menos 28 manifestantes foram presas e um policial ficou ferido
A polícia alemã agrediu violentamente manifestantes pró-Palestina no distrito de Kreuzberg, em Berlim, durante uma marcha em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, neste sábado (08/03). No incidente, ao menos 28 pessoas foram presas e um policial ficou ferido, segundo os agentes locais.
De acordo com a emissora catari Al Jazeera, os ataques promovidos pelas forças alemãs fazem parte de “um padrão mais amplo de repressão aos protestos pró-Palestina em todo o país”. No mês passado, as autoridades da capital impuseram proibições a cânticos e discursos em árabe nas manifestações, justificando a medida para suposta “segurança pública”. Caso contrário, autorizando a violência para dispersar os protestos.
Imagens que circulam na plataforma X mostram policiais usando cassetetes e outros equipamentos, enquanto tentam dispersar a multidão. Em um dos vídeos que viralizou nas redes sociais, um grupo de agentes é visto dando socos e chutes em manifestantes.
German police in Berlin forcefully dispersed a pro-#Palestine demonstration, with reports of female protesters being physically assaulted, pushed, and kicked.#Gaza #WestBankGenocide #jeninunderattack #IsraelTerroristState #StopArmingIsraelNOW #Palestine pic.twitter.com/33VYhwGPJC
— JuniorM (@JuniorM26048432) March 8, 2025
O portal alemão Bild informou no domingo que o protesto teria permanecido pacífico até que algumas manifestantes começaram a reproduzir slogans antissionistas em árabe, o que é proibido em Berlim. Segundo o veículo, foi nesse momento que a polícia teria iniciado seus ataques contra as mulheres.
Apesar da censura a discursos e cânticos em árabe, até agora, as autoridades da capital alemã não emitiram nenhuma política formal contra manifestações que expressem apoio à causa palestina e repúdio às ações genocidas do Estado de Israel.
