O presidente israelense, Isaac Herzog, agradeceu ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, pela “recepção calorosa” no Palácio do Eliseu, em Paris, e pelo convite à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, nesta sexta-feira (26/07).
“O Estado de Israel tem orgulho de participar das Olimpíadas e de levantar sua bandeira neste importante cenário mundial”, declarou Herzog em publicação pela plataforma X, acrescentando que seu país continuará “exigindo a libertação imediata dos reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas”, mas sem comentar sobre os mais de 39 mil palestinos assassinados no enclave.
I thank President of France @EmmanuelMacron for the warm welcome and congratulate him on hosting the Olympics in Paris. I appreciate his efforts in the fight against antisemitism, and his contribution to ensuring the ability of the excellent Israeli delegation to compete proudly… pic.twitter.com/qTcM72psc5
— יצחק הרצוג Isaac Herzog (@Isaac_Herzog) July 26, 2024
A participação de Israel no campeonato em meio às operações de massacre contra os palestinos na Faixa de Gaza provocou críticas aos organizadores das Olimpíadas, que têm o histórico de banir nações que cometem atos que violam o espírito dos jogos. A delegação israelense marca presença apesar de seu país ser sido determinado por organizações de direitos humanos, além da Corte Internacional de Justiça (CIJ), o alto tribunal das Nações Unidas (ONU), como responsável por “genocídio” e “crimes de guerra e contra a humanidade”.
A Rússia e a Bielorrússia estarão ausentes da competição como resultado da guerra na Ucrânia.
Olimpíadas vão contar ao mundo o sofrimento da Palestina
À agência de notícias Reuters, o presidente do Comitê Olímpico da Palestina, Jibril Rajoub, destacou que centenas de atletas foram mortos, feridos, sequestrados ou presos em todo o território palestino, além de o Estado ter tido suas instalações esportivas destruídas em decorrência das operações militares coordenadas por Israel.
“Não pudemos trazer nenhum dos atletas de Gaza. Dentro da Cisjordânia, o movimento não é fácil, mas, apesar disso, conseguimos encontrar uma equipe pequena que fosse qualificada”, revelou Rajoub.
O representante também disse que caberia aos atletas individuais se eles querem, ou não, enfrentar os israelenses nos Jogos, uma vez que “do ponto de vista psicológico, humanitário e moral, é impossível” para eles coincidirem com os israelenses durante as provas. “Nós somos as vítimas e eles são os criminosos”.
A equipe palestina é composta por seis atletas que devem competir nas categorias de boxe, judô, taekwondo, tiro e natação.