Terça-feira, 13 de maio de 2025
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Os rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, assumiram a responsabilidade pelo disparo de um míssil balístico contra o Aeroporto Internacional Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv, ocorrido neste domingo (04/05), e afirmaram que o projétil “atingiu o alvo com sucesso”.

O porta-voz militar houthi, Yehya Saree, renovou o alerta da milícia às companhias aéreas para que não voem para o aeroporto israelense, alegando que o local é inseguro.

Momentos depois, a empresa British Airways anunciou a suspensão de todos os seus voos de e para Tel Aviv até quarta-feira. O grupo Lufthansa (que inclui Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines e Brussels Airlines) e a indiana Air India suspenderam seus voos até terça-feira.

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De acordo com o Exército israelense, o impacto de um míssil foi registrado em área perto do aeroporto. Oito pessoas ficaram feridas, informou o serviço de resgate Magen David Adom.

O Exército israelense afirmou que “várias tentativas foram feitas” para interceptar um míssil disparado do Iêmen.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas em pânico no aeroporto e passageiros se deslocando para salas seguras.

Sirenes de alerta soaram em várias áreas de Israel durante o ataque, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.

Tráfego aéreo interrompido

O tráfego aéreo foi temporariamente interrompido, de acordo com a mídia israelense.

As operações no aeroporto foram retomadas desde então. A polícia anunciou que as estradas de acesso ao aeroporto estavam fechadas até novo aviso.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ameaçou com severas retaliações. “Quem nos atacar, revidaremos sete vezes”, disse Katz em uma aparente referência bíblica relacionada a punição severa, ou justiça divina.

Houthis alertam companhias aéreas que aeroporto Ben Gurion não é seguro.
Chris Hoare / Wikipedia

Houthis prometem novos ataques

Saree prometeu em uma declaração televisionada que os houthis continuariam seus ataques em apoio aos palestinos “quaisquer que sejam as consequências” até o fim da guerra de Gaza entre Israel e o movimento Hamas, que também é apoiado pelo Irã.

Desde o início do conflito em Gaza, em outubro de 2023, a milícia houthi tem atacado repetidamente Israel e navios mercantes internacionais em apoio ao seu aliado, o Hamas.

Desde que os militares israelenses retomaram os ataques na Faixa de Gaza em 18 de março, após o rompimento de um cessar-fogo, os houthis voltaram a disparar regularmente projéteis contra Israel.

Em março, o presidente dos EUA, Donald Trumpordenou ataques massivos contra os rebeldes houthi no Iêmen, justificando a ação com a necessidade de proteger a navegação americana na região. As áreas governadas pelos houthi no Iêmen, devastado pela guerra, sofreram, desde então, uma série de ataques americanos.

Tanto os houthis quanto o Hamas, que desencadeou a guerra de Gaza ao lançar o ataque sem precedentes ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, fazem parte do chamado Eixo de Resistência do Irã contra Israel.

md (DPA, Reuters)