Domingo, 16 de novembro de 2025
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O relator especial para os direitos humanos à água potável e ao saneamento da Organização das Nações Unidas (ONU), Pedro Arrojo-Agudo, afirmou que cada palestino na Faixa de Gaza recebe apenas 4,7 litros de água diariamente.  

Segundo o especialista, em conferência de imprensa, as autoridades israelenses estão impedindo que 70% dos materiais específicos para a purificação da água entrem em território palestino. 

Com isso, Israel está criando uma “bomba silenciosa com um efeito muito maior do que aquela que destrói edifícios”.

UNRWA/Instagram
O relator especial para os direitos humanos à água potável e ao saneamento da Organização das Nações Unidas (ONU), Pedro Arrojo-Agudo, afirmou que cada palestino em Gaza recebe apenas 4,7 litros de água diariamente

Proteção aos civis

Também nesta segunda-feira (16/09), a coordenadora humanitária e de reconstrução para Gaza, Sigrid Kaag, ressaltou a urgência de um cessar-fogo imediato do conflito, a fim de garantir a proteção dos palestinos e o acesso humanitário durante discurso no Conselho de Segurança da ONU.

A coordenadora pediu ainda a liberação de todos os reféns e teceu críticas à falta de proteção dos civis na região, tendo em vista que a “infraestrutura para a sobrevivência deve ser protegida e que as partes do conflito devem cumprir o direito internacional humanitário”.

Para garantir o acesso de suprimentos aos palestinos, a ONU negocia rotas  alternativas de abastecimento para Gaza através dos vizinhos Egito, Jordânia, Chipre, Cisjordânia e Israel. Porém, tais esforços são incipientes para atender toda a demanda da população. 

A manutenção da guerra, o colapso da lei e os saques de suprimentos dificultam o trabalho de assistência aos civis. Assim, a única solução para a crise humanitária é um acordo político que garanta a criação de um Estado palestino independente. 

Desde 7 de outubro, mais de 41 mil palestinos foram mortos e 93 mil ficaram feridos.