Terça-feira, 13 de maio de 2025
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A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, pediu que altos funcionários da União Europeia (UE), incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a representante para Relações Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas, sejam acusadas de cumplicidade em crimes de guerra por seu apoio à campanha genocida de Israel na Faixa de Gaza.

Falando à mídia internacional, Albanese – conhecida por suas posições críticas em relação à Israel e sua campanha de limpeza étnica em Gaza – lamentou que as duas figuras mais importantes da UE mantenham suas relações com o governo sionista enquanto seus crimes continuam nos territórios palestinos, até agora, com 52.535 civis mortos – na sua maioria mulheres e crianças –, 118.491 feridos, dezenas de milhares de desaparecidos e prejuízos materiais colossais.

Ela exigiu que os perpetradores do genocídio fossem levados ao tribunal e responsabilizados por seus crimes. “Eles terão que entender que imunidade não é sinônimo de impunidade”, afirmou.

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Ela acrescentou que está preparando um relatório abrangente sobre os vínculos de bancos, fundos de pensão, empresas de tecnologia e universidades com Israel, que apontou como cúmplices na destruição de Gaza.

Israel matou pelo menos 52 mil pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território.
Ashraf Amra / UNRWA

‘Todos os envolvidos na ocupação ilegal, ao fornecer apoio, estão ajudando e incentivando violações do direito internacional e dos direitos humanos, e vários deles constituem crimes’, afirmou.

As declarações de Albanese fortalecem os apelos de organizações de direitos humanos para que os Estados-membros da UE parem de vender armas a Israel.

Apesar disso, desde que assumiu o cargo, Kallas manteve laços estreitos com Israel e culpou o movimento Hamas pela violação de Israel do acordo de cessar-fogo assinado em janeiro passado, apesar de centenas de violações israelenses dessa trégua terem sido documentadas.

Depois de reiniciar sua campanha genocida, em 18 de março, o governo de Israel massacrou 2.436 civis e feriu outros 6.450. Paralelamente, impôs um bloqueio total à ajuda humanitária, eletricidade, alimentos, água e outros suprimentos vitais, condenando milhões de moradores de Gaza à morte por fome e doenças.