Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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A ativista britânica de direitos humanos e jornalista pelo portal MENA Uncensored, Sarah Wilkinson, teve sua casa invadida pela polícia do Reino Unido e foi presa nas primeiras horas desta quinta-feira (29/08) por denunciar o genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. As forças policiais alegaram que Wilkinson apoia o “terrorismo”.

“A polícia chegou à casa dela pouco antes das 7h30. 12 deles no total, alguns deles à paisana da polícia antiterrorismo. Eles disseram que ela estava sendo presa pelo ‘conteúdo online que postou’. Sua casa foi invadida e eles apreenderam todos os seus dispositivos eletrônicos”, relatou Jack Wilkinson, familiar de Sarah, segundo a conta da mídia independente Suppressed News na plataforma X.

Se condenada, a ativista pró-Palestina pode pegar até 14 anos de prisão, de acordo com Lei do Terrorismo, que foi aplicada pela polícia para justificar a detenção.

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Em rede social, o MENA Uncensored acusou o regime britânico pela cumplicidade ao genocídio israelense, ao prender Wilkinson, que tem sido uma figura importante no apoio à resistência palestina.

“O governo britânico pró-estupro alega falsamente que Wilkinson apoia o terrorismo. Responsabilizamos totalmente o governo britânico antimídia por esse ato estúpido de intimidação e opressão de jornalistas, bem como de ativistas de direitos humanos em favor da entidade de ocupação israelense, e exigimos que esse governo britânico fantoche comandado por sionistas liberte nossa repórter Sarah Wilkinson imediatamente”, afirmou o veículo.

X/Matt Kennard
Jornalista britânica pelo MENA Uncensored e ativista de direitos humanos, Sarah Wilkinson foi presa no Reino Unido por denunciar o genocídio israelense na Faixa de Gaza

Sarah Wilkinson tem ganhado destaque por suas críticas contundentes à governança de Israel, que já provocou a morte de mais de 40 mil palestinos. No início deste ano, a ativista de direitos humanos também participou da “Coalizão da Flotilha da Liberdade”, uma iniciativa internacional que tentou entregar ajuda humanitária diretamente a Gaza.

O incidente ocorre duas semanas depois que o jornalista sírio-britânico Richard Medhurst também foi preso pela polícia do Reino Unido, durante sua chegada ao aeroporto de Londres-Heathrow.  

“Acredito que sou o primeiro jornalista a ser preso sob esta disposição da Lei de Terrorismo. Sinto que isso é uma perseguição política e dificulta minha capacidade de trabalhar como jornalista”, explicou, na ocasião.

Nesta quinta-feira, em rede social, Medhurst disse que “hoje, a polícia lançou operações por todo o país e indiciou ativistas que se opõem ao genocídio de Israel em Gaza”. O jornalista ainda denunciou que a Grã-Bretanha usa o “fascismo para proteger o sionismo.”

The Cradle, uma mídia online focada na cobertura do Leste Asiático, revelou que outros jornalistas britânicos que fizeram reportagens críticas sobre a política externa de Israel, Reino Unido e Estados Unidos também foram detidos ao retornar ao seu país de origem, incluindo seus colaboradores, Kit Klarenberg e Vanessa Beeley.