A ativista britânica de direitos humanos e jornalista pelo portal MENA Uncensored, Sarah Wilkinson, teve sua casa invadida pela polícia do Reino Unido e foi presa nas primeiras horas desta quinta-feira (29/08) por denunciar o genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. As forças policiais alegaram que Wilkinson apoia o “terrorismo”.
“A polícia chegou à casa dela pouco antes das 7h30. 12 deles no total, alguns deles à paisana da polícia antiterrorismo. Eles disseram que ela estava sendo presa pelo ‘conteúdo online que postou’. Sua casa foi invadida e eles apreenderam todos os seus dispositivos eletrônicos”, relatou Jack Wilkinson, familiar de Sarah, segundo a conta da mídia independente Suppressed News na plataforma X.
⚡️BREAKING: Peace & Human Rights activist Sarah Wilkinson [@swilkinsonbc] was arrested by UK police allegedly for online posts.
Testimony from Jack Wilkinson [@JackWilkinsonAA]
“The police came to her house just before 7.30am. 12 of them in total, some of them in plain clothes… pic.twitter.com/NLFd0PyL7S— Suppressed News. (@SuppressedNws) August 29, 2024
Se condenada, a ativista pró-Palestina pode pegar até 14 anos de prisão, de acordo com Lei do Terrorismo, que foi aplicada pela polícia para justificar a detenção.
Em rede social, o MENA Uncensored acusou o regime britânico pela cumplicidade ao genocídio israelense, ao prender Wilkinson, que tem sido uma figura importante no apoio à resistência palestina.
“O governo britânico pró-estupro alega falsamente que Wilkinson apoia o terrorismo. Responsabilizamos totalmente o governo britânico antimídia por esse ato estúpido de intimidação e opressão de jornalistas, bem como de ativistas de direitos humanos em favor da entidade de ocupação israelense, e exigimos que esse governo britânico fantoche comandado por sionistas liberte nossa repórter Sarah Wilkinson imediatamente”, afirmou o veículo.
The pro-genocide UK regime has arrested @MENAUncensored‘s roving reporter and Human Rights Activist Sarah Wilkinson @swilkinsonbc for supporting the Palestinian resistance and relaying what is really happening in Gaza and the West Bank to the world.
The pro-rape British… pic.twitter.com/z6QRWMiCm6— MENA UNCENSORED (@MENAUncensored) August 29, 2024
Sarah Wilkinson tem ganhado destaque por suas críticas contundentes à governança de Israel, que já provocou a morte de mais de 40 mil palestinos. No início deste ano, a ativista de direitos humanos também participou da “Coalizão da Flotilha da Liberdade”, uma iniciativa internacional que tentou entregar ajuda humanitária diretamente a Gaza.
O incidente ocorre duas semanas depois que o jornalista sírio-britânico Richard Medhurst também foi preso pela polícia do Reino Unido, durante sua chegada ao aeroporto de Londres-Heathrow.
“Acredito que sou o primeiro jornalista a ser preso sob esta disposição da Lei de Terrorismo. Sinto que isso é uma perseguição política e dificulta minha capacidade de trabalhar como jornalista”, explicou, na ocasião.
Nesta quinta-feira, em rede social, Medhurst disse que “hoje, a polícia lançou operações por todo o país e indiciou ativistas que se opõem ao genocídio de Israel em Gaza”. O jornalista ainda denunciou que a Grã-Bretanha usa o “fascismo para proteger o sionismo.”
Britain is under attack
Today, the police launched raids across the country and charged activists who oppose Israel’s genocide in Gaza.
This is an absolute outrage. A scandal.
Why are we being treated like this in our own country?
Fascism to protect Zionism.
— Richard Medhurst (@richimedhurst) August 29, 2024
The Cradle, uma mídia online focada na cobertura do Leste Asiático, revelou que outros jornalistas britânicos que fizeram reportagens críticas sobre a política externa de Israel, Reino Unido e Estados Unidos também foram detidos ao retornar ao seu país de origem, incluindo seus colaboradores, Kit Klarenberg e Vanessa Beeley.