O grupo xiita libanês Hezbollah confirmou a morte de seu comandante Hajj Ibrahim Aqil em um bombardeio israelense. Ele era o chefe de operações militares do movimento armado. O Ministério da Saúde libanês informou neste sábado (21/09) que o ataque matou pelo menos 37 pessoas, incluindo três crianças e sete mulheres.
Hezbollah informou que também um segundo comandante de alto escalão, Ahmed Wahbi, estava entre os combatentes mortos pelo ataque aéreo, destacando a escala do golpe em sua liderança militar.
O ataque desta sexta-feira a um prédio residencial nos subúrbios do sul da capital libanesa, em região conhecida como Dahye, teria matado, além de Ibrahim Aqil, chefe da Força Radwan – unidade de elite do Hezbollah –, vários outros comandantes do grupo xiita, de acordo com militares israelenses. A ofensiva teria matado um total de 16 membros do grupo.
Ao confirmar a morte de Aqil, que era procurado pelos Estados Unidos por envolvimento no atentado a bomba contra a embaixada americana em Beirute em 1983, o Hezbollah o saudou como “um de seus grandes líderes”.
“Hoje, o grande líder Hajj Ibrahim Aqil, também conhecido como Hajj Abdul Qader, juntou-se às fileiras de seus irmãos mártires, os grandes líderes, depois de uma vida abençoada cheia de luta sagrada, trabalho, ferimentos, sacrifícios, desafios e vitórias”, anunciou o grupo xiita em comunicado.
Suposto plano de ataque contra Israel
De acordo com um comunicado militar israelense, os militantes mortos “estavam planejando o ataque Conquista da Galileia, com o qual o Hezbollah pretendia se infiltrar em comunidades israelenses e matar civis inocentes”.
A morte de Aqil ocorreu menos de dois meses depois que outro ataque atribuído a Israel matou o então principal comandante militar do Hezbollah, Fouad Shukr, também em um prédio em Dahye.
Desta vez, o atentado aconteceu depois que duas ondas de explosões simultâneas ocorridas nesta semana em milhares de dispositivos de comunicação portados por membros do Hezbollah mataram 37 pessoas e feriram quase 3 mil no Líbano.