Israel e Islândia se enfrentam nesta quinta-feira (21/03) em busca de uma das últimas vagas para a Eurocopa. Para o treinador da Islândia, Age Hareide, este é um jogo que não deveria acontecer, “pelo que estão fazendo em Gaza, pelo que estão fazendo às mulheres, crianças e civis inocentes”. Ele afirmou que não gostaria de enfrentar Israel por ser um grande pacifista. Porém, reiterou que o jogo de amanhã não é contra soldados, e sim contra jogadores de futebol, e que a guerra deve ficar fora do gramado.
Norueguês, Hareide já dirigiu as seleções de seu país natal e da Dinamarca, e agora busca resgatar a Islândia de um momento de baixa após a histórica classificação para a Copa do Mundo de 2018.
Hareide não é o único a favor do banimento de Israel do futebol – doze federações enviaram um pedido de exclusão à FIFA. A esse pedido, junta-se um ofício da Federação Palestina registrado nesta terça (19/03) que pede que o banimento de Israel seja discutido no próximo congresso da FIFA, em maio. O documento fala em uma punição a Israel “em resposta a violações de direitos humanos sem precedentes”.
A FIFA ainda não se manifestou sobre o assunto. Para banir a Rússia após o início da Guerra da Ucrânia, foi muito rápida. Por sua vez, a UEFA afirmou que não pretende tomar medidas contra Israel, e que a situação “é muito diferente” em comparação com a russa.
Israel nunca se classificou para uma Eurocopa e busca fazê-lo exatamente para uma edição a ser disputada na Alemanha. O país está na UEFA por ter sido expulso da Confederação Asiática. O jogo entre Israel e Islândia acontece em Budapeste, na Hungria, e o vencedor avança para encarar quem passar exatamente do duelo entre Ucrânia e Bósnia e Herzegovina.
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