As três reféns israelenses libertadas neste domingo (19/01), no primeiro dia de cessar-fogo, foram entregues à Cruz Vermelha pelas Brigadas Al-Qassam, braço militar do Hamas, de acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), responsável por recebê-las em um ponto na fronteira do enclave.
Em coletiva, o porta-voz das IDF, contra-almirante Daniel Hagari, disse que Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher, “estão em boas mãos” e “voltando para casa”. Segundo o jornal The Times of Israel, após realizarem uma breve consulta médica, as três mulheres se encontraram com as suas mães em uma instalação do exército perto da fronteira com a Faixa de Gaza.
O acordo de cessar-fogo firmado entre o governo de Israel e o Hamas passou a vigorar horas antes, às 11h15 pelo horário local, ou às 6h15 pelo horário de Brasília, após o regime sionista receber a lista com o nome das primeiras reféns a serem libertadas.
De acordo com a imprensa israelense, Romi tem 23 anos, Emily tem 27, e Doron tem 31. Em publicação no X, a Sede das Famílias para o Retorno dos Sequestrados e Desaparecidos comemorou e disse que “seu retorno nos lembra da pesada responsabilidade de continuar trabalhando pela libertação de todos até que o último dos sequestrados seja devolvido para casa.”

Romi, Doron e Emily são as primeiras três reféns israelenses que foram libertadas neste domingo (19/01)
Segundo a emissora catari Al Jazeera, um total de 90 prisioneiros palestinos – incluindo 69 mulheres e 21 crianças – serão libertados em troca das três israelenses que foram mantidas em Gaza, sendo a maioria da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém Oriental.
O veículo teve acesso à lista daqueles que retornarão às suas casas, e informou que Khalida Jarrar, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina na Cisjordânia ocupada, está entre os nomes.
O documento também contempla pelo menos 12 jovens palestinos, alguns deles menores de idade, Segundo a Al Jazeera, “muitas crianças e menores foram presos ao serem acusados por lançarem pedras nas forças israelenses”, que são “sentenças leves” mas as vítimas cumprem “detenção administrativa, que é uma tática usada pela política israelense para manter as pessoas na prisão indefinidamente sem acusações”.