O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira (25/07) o fim imediato da guerra na Faixa de Gaza e a libertação de reféns, argumentando que Israel precisa administrar melhor suas “relações públicas” uma vez que a destruição do enclave tem prejudicado imagem que a comunidade internacional tem do Estado israelense.
De acordo com o ex-presidente, o conflito deve terminar rápido “porque eles estão sendo dizimados com essa publicidade, e você sabe que Israel não é muito bom em relações públicas”.
As declarações de Trump foram dadas em entrevista ao canal norte-americano, de viés conservador, Fox News, momento em que também aproveitou para criticar os manifestantes que protestaram contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante seu discurso no Congresso em Washington, no dia anterior.
O republicano pediu uma sentença de prisão de um ano aos ativistas pró-Palestina “por profanar a bandeira dos Estados Unidos”, de acordo com o jornal The Times of Israel, alegando que países como “Rússia, China e Coreia do Norte estão rindo dos norte-americanos por sua repressão frouxa a tal atividade”.
Após os protestos de quarta-feira (24/07), pelo menos seis pessoas acabaram presas. O ato contou com milhares de manifestantes que seguravam cartazes com slogans em defesa à causa palestina e, durante as mobilizações, a bandeira norte-americana foi queimada.

Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma reunião bilateral com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em janeiro de 2020, no Salão Oval da Casa Branca
Encontro entre Trump e Netanyahu
O republicano que, de acordo com o jornal The New York Times, “muitas vezes se autodenomina o aliado mais fiel de Israel”, tem um encontro marcado com o premiê israelense nesta sexta-feira (26/07) em Palm Beach, na Flórida.
“Ansioso para receber Bibi Netanyahu em Mar-a-Lago”, escreveu Trump em sua rede Truth Social, referindo-se ao seu clube privado.
Ambos foram aliados próximos durante o mandato do republicano, mas houve desgaste no relacionamento quando o premiê parabenizou a vitória do atual presidente norte-americano Joe Biden nas eleições de 2020.
Após o 7 de outubro de 2023, Trump criticou Netanyahu e as autoridades de inteligência israelenses por estarem mal preparados em suas operações militares na Faixa de Gaza. No entanto, nos meses seguintes, o republicano voltou atrás ao expressar apoio ao “direito de autodefesa” de Israel e condenar vigorosamente os manifestantes pró-Palestina nos campi universitários do país.