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Guerra na Ucrânia

Putin conversa com Bolsonaro e diz que Rússia vai continuar fornecendo fertilizantes para o Brasil

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De acordo com as informações divulgadas pelo Kremlin, os dois chefes de Estado falaram sobre o risco de crise alimentar mundial

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-06-27T17:10:00.000Z

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Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e do Brasil, Jair Bolsonaro, tiveram uma conversa telefônica nesta segunda-feira (27/06). De acordo com as informações divulgadas pelo Kremlin, os dois chefes de Estado falaram sobre o risco de crise alimentar mundial e se mostraram dispostos a reforçar as parcerias estratégicas já existentes.

Durante a conversa, Putin garantiu que a Rússia vai continuar fornecendo fertilizantes para o Brasil. Segundo o Kremlin, Moscou pretende manter todos os compromissos e contratos nessa área, apesar das tensões mundiais ligadas à guerra no território ucraniano.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia, respectivamente terceiro e quarto exportadores mundiais de cereais, chamou a atenção para a dependência global dos grãos russos e ucranianos, mas também dos fertilizantes exportados pelos dois países.

Desde o início do conflito, o mercado de fertilizantes foi diretamente afetado em razão da cessação das exportações da Ucrânia e, sobretudo, da Rússia, que é um importante fornecedor tanto de insumos como de matérias-primas utilizadas em sua fabricação.

Kremlin
Jair Bolsonaro e Vladimir Putin tiveram uma conversa telefônica nesta segunda-feira (27/06)

Quase 100% do nitrato de amônio, um importante fertilizante usado pelos produtores brasileiros, vem da Rússia. O Brasil, que importa 12 milhões de toneladas de potássio por ano, geralmente obtém metade de seus suprimentos de fornecedores russos. 

Bolsonaro esteve na Rússia em fevereiro, apenas alguns dias antes do início da guerra na Ucrânia. Durante a estadia, que a comitiva brasileira insistiu em dizer que era essencialmente ligada à assuntos comerciais, Bolsonaro disse ser “solidário à Rússia”.

G7 pressiona Rússia

A conversa entre Putin e Bolsonaro acontece no mesmo dia em que os líderes do G7, grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, estão reunidos na Alemanha para discutir justamente o impacto da guerra na Ucrânia e as relações com Moscou. Logo no início do encontro os representantes das potências mundiais indicaram a vontade de endurecer o tom a Putin.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que as nações do G7 vão banir as importações de ouro russo. A Rússia é um grande produtor do metal, cujas exportações representaram cerca de US$ 15,5 bilhões em 2021.

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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