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Guerra na Ucrânia

Moscou acusa Ucrânia de atacar cidade russa com mísseis

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Pelo menos três pessoas morreram após explosões em Belgorod, diz autoridade local; russos reivindicam tomada de Lysychansk

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T14:31:00.000Z

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A Rússia acusou neste domingo (07/03) a Ucrânia de disparar três mísseis contra a cidade de Belgorod, perto da fronteira ucraniana, em ataques nos quais pelo menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis de fragmentação Tochka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod", disse o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, acrescentando que "após a destruição dos mísseis ucranianos, os destroços de um deles caíram sobre uma casa".

Antes, o governador da região, Viacheslav Gladkov, havia informado na rede Telegram que explosões foram registradas na cidade nas primeiras horas deste domingo, danificando 11 prédios residenciais e 39 casas.

"As causas do incidente estão sendo investigadas, as defesas antiaéreas foram ativadas", acrescentou, sem dar mais detalhes.

Gladkov disse que foi rapidamente para as cinco ruas afetadas pelas explosões no norte da cidade, não muito longe do centro.

Um homem e uma criança foram hospitalizados, outros dois feridos foram atendidos no local, segundo autoridades locais.

Desde o início da ofensiva da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro, o governo russo acusou repetidamente as forças ucranianas de realizar ataques em solo russo, especialmente na região de Belgorod.

Em Belgorod vivem cerca de 400 mil pessoas. A cidade fica cerca de 40 quilômetros ao norte da fronteira com a Ucrânia e é o centro administrativo da região de mesmo nome.

No início de abril, o governador Gladkov acusou a Ucrânia de atacar um depósito de combustível em Belgorod com dois helicópteros.

Belarus também acusa ataques ucranianos

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que seu exército derrubou mísseis disparados em seu território a partir da Ucrânia e promete responder "instantaneamente" a qualquer ataque inimigo.

"Estamos sendo provocados", disse Lukashenko à agência de notícias estatal Belta. "Devo dizer que cerca de três dias atrás, talvez mais, eles tentaram atacar alvos militares em Belarus a partir da Ucrânia.

Yevgeny Silantyev/TASS/dpa/picture alliance
Segundo autoridade regional, 11 prédios e 39 casas foram danificadas em Belgorod

A Ucrânia disse na semana passada que mísseis disparados de Belarus atingiram uma região de fronteira dentro de seu território.

Russos reivindicam tomada de Lysychansk

O governo da Rússia afirmou que suas forças assumiram neste domingo o controle da última grande cidade controlada pela Ucrânia na província de Lugansk, aproximando Moscou de seu objetivo declarado de tomar toda a região ucraniana de Donbass.

O ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que tropas russas junto com membros de uma milícia separatista local "estabeleceram o controle total sobre a cidade de Lysychansk", segundo agências russas de notícias.

Combatentes ucranianos passaram semanas tentando defender Lysychansk e impedir que seja tomada pela Rússia, como ocorreu com a vizinha Sievierodonetsk há uma semana.

Um conselheiro do presidente ucraniano previu na noite de sábado que a cidade pode ser ocupada pelos invasores dentro de dias.

As autoridades ucranianas não forneceram imediatamente uma atualização sobre a situação da cidade.

Há uma semana, o governador de Lugansk disse que as forças russas estavam fortalecendo suas posições em uma batalha severa para capturar o último reduto de resistência na província. "Os ocupantes lançaram todas as suas forças em Lysychansk. Eles atacaram a cidade com táticas incompreensivelmente cruéis'', afirmou Serguei Haidai disse no aplicativo de mensagens Telegram.

Um rio separa Lysychansk de Sievierodonetsk. Oleksiy Arestovych, um conselheiro do presidente ucraniano, disse durante uma entrevista online na noite de sábado que as forças russas conseguiram pela primeira vez atravessar o rio pelo norte, criando uma situação "ameaçadora".

Arestovych disse que os invasores não chegaram ao centro da cidade, mas que o curso dos combates indicava que a batalha por Lysychansk seria decidida até segunda-feira.

As forças russas intensificaram no sábado seus ataques à cidade ucraniana de Lysychansk, alegando ter cercado “completamente” o último reduto ucraniano na região de Lugansk. A Ucrânia negou o cerco.

Se Lysychansk cair, toda a região de Lugansk – que junto com Donetsk compõe a região leste do Donbass – poderá ficar sob controle russo, marcando outro avanço estratégico para o presidente russo, Vladimir Putin.

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20 Minutos

Felipe Nunes: 'voto envergonhado' favorece Lula em 2022

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Bolsonaro cresceu entre evangélicos tirando votos da 'terceira via', e não de Lula, explica diretor do instituto de pesquisas Quaest; veja vídeo na íntegra

Pedro Alexandre Sanches

São Paulo (Brasil)
2022-08-18T20:30:00.000Z

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O cientista político Felipe Nunes afirma que o fenômeno do “voto envergonhado” favorece Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. “Os eleitores indecisos na pesquisa espontânea estão indo muito mais para Lula que para Bolsonaro”, avaliou o diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa no programa 20 MINUTOS desta quinta-feira (18/08) com o jornalista Breno Altman. 

Essas pessoas “só não declararam voto na pesquisa espontânea porque estão escondendo a vergonha de ter que defender um candidato que até pouco tempo atrás estava preso e passou por vários escândalos midiáticos", segundo Nunes.

Ele afirma que tal afirmação na diferenças apontadas pela pesquisa Genial/Quaest de 17 de agosto entre a intenção espontânea de voto (na qual Lula tem 33% das preferências contra 27% de Bolsonaro) e o resultado da pergunta estimulada (em que o ex-presidente aparece com 45% e o candidato à reeleição, com 33%). Ou seja, Lula tem 12 pontos a mais na pesquisa estimulada, contra 6 de Bolsonaro. 


Esse e outros dados mostram solidez na posição eleitoral de Lula, mesmo com a recuperação recente de Bolsonaro - o eleitorado evangélico, por exemplo, prefere o candidato à reeleição por 52% contra 28% do ex-presidente, segundo a Quaest. 

Nunes, que também é professor da UFMG, adverte que o crescimento de Bolsonaro entre evangélicos não se deu sobre Lula, mas sobre os candidatos da chamada terceira via, cuja somatória caiu após a desistência de Sérgio Moro, João Doria Jr. e outros. O mesmo ocorre na evolução geral, em que Lula permanece estável e Bolsonaro cresce com o esvaziamento da terceira via. 

A tendência de alta do atual presidente entre o público evangélico (entre os católicos, ele perde de 27% a 52%) se explica, segundo Nunes, pela prioridade dada a esse segmento pela campanha bolsonarista, tal como aconteceu em 2018 em relação aos policiais militares. “Neste ano, ele escolheu os evangélicos, que como os policiais também são hierarquizados, disciplinados e coesos. Participou de 25 marchas para Jesus nos últimos 30 dias, em diferentes cidades do país. É uma ação política muito coordenada”, diz. 

O cientista político aposta num combate indireto a essa desvantagem pela candidatura Lula: “O público evangélico e principalmente as mulheres evangélicas têm uma repulsa muito grande ao armamento, pelo medo de que as armas sejam um sinônimo de violência nas famílias. É o tema que empata o jogo para o público evangélico”. 

Nunes afirma que a capacidade de crescimento de Bolsonaro esbarra em sua rejeição junto a dois segmentos em particular: “Ele tem que virar o jogo entre as mulheres e no Nordeste, o que não parece ser tarefa fácil neste momento”. 

Pelos dados de 17 de agosto, a vantagem de Lula é de 16 pontos percentuais entre o eleitorado feminino (contra 6 entre o masculino) e de 40 pontos no Nordeste. A rejeição pessoal de Bolsonaro é de 55% (chegava a 66% no início do ano). 

Para o diretor da Quaest, a radicalização política não será um fator decisivo para o eleitorado neste ano como foi em 2018. “Quem descobre a correnteza da eleição ganha a eleição. A de 2018 foi a primeira em que não havia um incumbente disputando a eleição. Todo mundo era de oposição ao que o governo Temer representava. Ser antissistema radical significava ser a oposição real”, analisa. "Em 2022, as pessoas não estão querendo radicalizar o sistema, porque perceberam que a radicalização foi ruim.”

Facebook/felipe Nunes
Cientista político Felipe Nunes é o convidado de Breno Altman no 20 MINUTOS desta quinta-feira (18/08)

O voto que está em disputa em 2022, afirma, é de quem já votou tanto em Lula quanto em Bolsonaro. Para o pesquisador, esta será “a eleição da segunda chance”: “Os dois já foram presidentes, já ganharam, já apresentaram bons e maus resultados. Agora vai ganhar aquele que conseguir receber a segunda chance do eleitor”. 

Se para o atual presidente se reeleger seria suficiente manter os votos que teve em 2018, a tarefa para Lula é mais complexa, mas vem sendo bem-sucedida: “Neste momento, Lula consegue ter os votos que Fernando Haddad teve e crescer em cima do eleitor que votou em Bolsonaro em 2018, o eleitor pobre das grandes cidades do Sudeste”. 

Quanto ao impacto do aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil sobre a disputa eleitoral, Nunes não vê dados conclusivos na mais nova pesquisa. “Havia uma ideia de que as coisas iam melhorar muito em pouco tempo, mas neste momento essa expectativa não virou nem euforia nem frustração. Virou a realização de que tudo isso não passa de jogada eleitoral”, interpreta, citando que 62% afirmam que as medidas adotadas pelo governo objetivam ajudar a reeleição, e não as pessoas. 

“O eleitor está mais crítico e complexo e já entendeu, pelos resultados desta pesquisa, que muito do que está sendo feito não é boa intenção, mas interesse próprio. Isso gera um limite para o crescimento eleitoral de Bolsonaro.”

A valorização da autenticidade do político pelo eleitorado é um fator incômodo para o atual presidente a esse respeito: “Bolsonaro fez a aposta que podia fazer, que era se vestir de Lula, não ligar para teto de gastos, abrir o cofre público e cuidar das pessoas. O problema é que isso está parecendo que é falso, porque veio próximo à eleição. Bolsonaro está deixando de ter o que é seu grande atributo, está abrindo flancos de credibilidade”. 

Felipe Nunes considera que a história eleitoral brasileira não sugere grandes chances de que Lula vença no primeiro turno, mas diz que os números projetam vitória para o candidato do PT: “Olhando só para os dados da pesquisa, Lula é favorito para ganhar, com uma margem de votos maior do que Bolsonaro teve em 2018 sobre Haddad. Nada é impossível, mas é improvável uma não-vitória de Lula”. 

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