Terça-feira, 24 de junho de 2025
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O presidente francês Emmanuel Macron respondeu, neste sábado (11/02), a uma publicação de Lula no Twitter, apoiando o projeto de paz do chefe de Estado brasileiro e a necessidade de criar um grupo de trabalho sobre a paz na Ucrânia.  

“A paz estava no centro de nossas discussões em Paris durante a visita histórica do presidente Zelensky, com o chanceler Scholz”, diz o texto de Macron no Twitter, se referindo ao encontro entre os três líderes, no Palácio do Eliseu, nesta quarta-feira (08/02). “A Ucrânia mostrou verdadeira coragem iniciando a discussão com seu plano de paz de 10 pontos. Vamos continuar juntos nesta base, Lula”, completa. 

O tuíte foi uma resposta a uma publicação do presidente brasileiro publicado após reunião com Joe Biden, na sexta-feira (10/02), em Washington, onde dizia ter falado com o presidente norte-americano o que já tinha dito a Macron e a Scholz, “sobre a necessidade de criar um grupo de trabalho pela paz e o fim da guerra no mundo”.

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Em conversa telefônica, em 27 de janeiro, Macron e Lula já haviam discutido a invasão da Ucrânia pela Rússia. De acordo com o site do Palácio do Eliseu, o presidente francês insistiu sobre a necessidade de restaurar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e que estes dois princípios “constituem o fundamento da ordem internacional multilateral”.

Na mesma ligação, Lula teria reiterado que o Brasil participaria das negociações de paz, mas não da guerra. 

O presidente brasileiro defende que a mediação entre Kiev e Moscou deve ser feita por um país não envolvido no conflito. 

Presidente da França respondeu seu homólogo brasileiro pelo Twitter, afirmando sobre a necessidade de 'continuar juntos' pelo fim do conflito

Reprodução/ @EmmanuelMacron

Presidente francês recebeu seu par ucraniano na França nesta semana

Atenção especial

Desde que assumiu o cargo, Lula vem recebendo uma atenção especial dos europeus. Na semana passada, a ministra das Relações Exteriores francesa, Catherine Colonna, realizou uma visita de 48h a Brasília e manifestou o “prazer de reencontrar” o Brasil. 

Antes dela, em 30 de janeiro, o chanceler alemão Olaf Scholz foi pessoalmente ao Brasil, com o objetivo de revitalizar “parcerias estratégicas entre os dois países”, de acordo com o site do Itamaraty. 

Na época, os dois líderes deploraram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes do território ucraniano como violações do direito internacional. 

Plano de 10 pontos

O plano de Zelensky, que foi apresentado durante a reunião do G20, em novembro, inclui 10 pontos principais que abrangem as seguranças nuclear, alimentar, energética, a libertação de prisioneiros e deportados de guerra, o respeito à integridade territorial da Ucrânia, a retirada das tropas russas do território ucraniano, o estabelecimento de um Tribunal especial para juntar a agressão da Rússia contra a Ucrânia e de um mecanismo internacional para compensar os danos causados pela guerra, a proteção do meio ambiente, o estabelecimento de um Pacto de segurança de Kiev e, finalmente, a assinatura de um documento confirmando o fim da guerra quando todas as metas tiverem sido cumpridas. 

O Pacto de segurança de Kiev, de nove páginas, foi publicado em setembro e pede aos países ocidentais que forneçam recursos políticos, financeiros, militares e diplomáticos para reforçar a capacidade de Kiev de se defender.