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Guerra na Ucrânia

‘Ucrânia não é mais soberana, paz só virá quando EUA quiserem’, afirma presidente da Hungria

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Em entrevista à imprensa alemã, Viktor Orbán fez duras críticas a Kiev e disse que ‘tipo de cooperação que criaram com países do Ocidente é um fracasso’

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2023-06-27T21:30:00.000Z

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O periódico alemão Bild publicou nesta terça-feira (27/06) uma polêmica entrevista com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, no qual ele afirma que “a Ucrânia não é mais um país soberano”.

“A Ucrânia deixou de ser um país soberano. Não tem dinheiro. Não tem armas. Só pode lutar porque está sendo apoiada pelo Ocidente”, comentou o premiê húngaro, representante da extrema direita em seu país.

Perguntado sobre a proposta de paz que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky assegura que apresentará nos próximos dias, Orbán ironizou, dizendo que “o que realmente importa nesse conflito, pelo lado de Kiev, é o que os Estados Unidos querem fazer. Portanto, se os norte-americanos quiserem a paz, só então haverá paz”.

Na entrevista, o líder húngaro também se mostrou crítico da relação que o governo ucraniano criou com seus aliados europeus e norte-americanos. “Esse tipo de cooperação que eles (ucranianos) vêm alimentando com os países do Ocidente é um fracasso”.

Wikimedia Commons
Segundo Vikton Orbán, exército ucraniano ficará sem soldados antes que a Rússia

“Apesar do dinheiro, apesar das armas, a Ucrânia fica com a pior parte, que é ter que ganhar sozinha uma guerra impossível. É impossível para a Ucrânia vencer a Rússia”.

Orbán também ressaltou que o exército ucraniano “tem um grande problema, porque ficará sem soldados antes que os russos, e esse será um fator decisivo no final”.

Contudo, o líder de extrema direita da Hungria disse que suas declarações não buscam “influenciar os ucranianos”.

“Os líderes da Ucrânia é que devem decidir, a minha é uma opinião de quem sempre advoga pela paz. Acho que o melhor que se pode fazer aqui é buscar uma tregua, uma solução dialogada. Do contrário, haverá uma enorme perda para o país, tanto em termos de vidas quanto de riquezas, será uma destruição inimaginável”, completou Orbán.

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Política e Economia

A 24h do fim da COP28, secretário-geral da ONU pede que países ricos aceitem sair antes dos fósseis

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Impasse permanece porque grupo de países petroleiros, como a Arábia Saudita, e a Índia, não aceitam qualquer sinalização do acordo final neste sentido

Lúcia Müzell

RFI RFI

Dubai (Emirados Árabes Unidos)
2023-12-11T13:10:00.000Z

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A 28ª Conferência do Clima de Dubai (COP28) entra no último dia de intensas negociações entre os representantes dos 195 países, em torno de um acordo global para enfrentar as mudanças climáticas. Em meio ao impasse que impera na reta final do evento, o secretário-geral da ONU, António Guterres, propôs um Pacto de Solidariedade Climática, em linha com o que o Brasil vem defendendo no evento.

A 24 horas do fim da COP28, os países ainda ainda estão longe de um acordo, principalmente pelo bloqueio sobre o futuro dos combustíveis fósseis. O impasse permanece completo porque um grupo de países petroleiros, como a Arábia Saudita, e a Índia, muito dependente do carvão, não aceitam qualquer sinalização no texto neste sentido. O problema é que essas fontes são responsáveis por mais de 70% dos gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global.

"É essencial que o Balanço Global (GST, na sigla em inglês) reconheça a necessidade de sairmos de todos os combustíveis fósseis em um período consistente com o limite de 1,5C e com a aceleração de uma transição justa, igual e ordenada  para todos”, apontou Guterres na manhã desta segunda-feira (11/12). 

"Uma transição que aplique os princípios de responsabilidades comuns porém diferenciadas e respeite as capacidades de cada um, não para reduzir a ambição, mas para combiná-la com equidade. Essa é a razão pela qual eu proponho um Pacto de Solidariedade Climática, no qual cada grande emissor faz esforços extras para cortar emissões e apoiam as economias emergentes para fazerem o mesmo”, disse o líder da ONU.

Em sintonia com proposta brasileira

Esta tem sido, em linhas gerais, a proposta defendida pela delegação brasileira nas negociações da COP, de modo que os países ricos, maiores emissores históricos de CO2, sejam incitados a promover a transição para uma economia de baixo carbono antes dos países menos desenvolvidos. 

"Não significa que todos os países precisarão acabar com os fósseis ao mesmo tempo”, complementou Guterres. "Os prazos e metas serão diferentes para os países com diferentes níveis de desenvolvimento, mas todos eles precisam ser consistentes para chegar às emissões zero em 2050 e preservar o objetivo de 1,5°C.”

Como parte desses objetivos mais ambiciosos, as Nações Unidas incluem ainda um plano claro para a triplicação das energias renováveis e a duplicação da eficiência energética até 2030. O secretário-geral do organismo da ONU para o tema (UNFCCC), Simon Steill, avalia que que ainda é possível a COP28 entregar conclusões ambiciosas, que "deixe para trás a nossa dependência dos combustíveis fósseis” e que encaminhe o financiamento necessário para essa transição. A última noite de negociações já avançou na madrugada.

"O mundo está observando, assim como 4 mil representantes da imprensa global e milhares de observadores aqui em Dubai. Não há onde se esconder”, ressaltou, também nesta manhã.

"Cada passo atrás em relação à mais alta ambição custará incontáveis milhões de vidas, não no próximo ciclo político ou econômico, com as quais os futuros líderes terão de lidar, mas agora mesmo, em todos os países. Uma coisa é certa: ‘Eu ganho – você perde’ é uma receita para o fracasso coletivo. É a segurança de 8 mil milhões de pessoas que está em jogo”, destacou. 

UNIS Vienna/Flickr
Nações Unidas incluem ainda plano para triplicação das energias renováveis e a duplicação da eficiência energética até 2030

Rascunho atrasado

Um novo rascunho do documento final deverá ser apresentado pela presidência da conferência a qualquer momento, nesta segunda-feira. O texto era esperado para às 8h, mas ainda não foi divulgado – em mais um sinal do quanto as negociações estão difíceis. 

Nesta última etapa, as delegações norte-americana e chinesa têm acelerado os diálogo com vistas a uma linguagem aceitável para os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta. Os Estados Unidos são os líderes mundiais na exportação de gás natural liquefeito (um fóssil) e a China é um dos países mais dependentes de carvão, embora esteja acelerando a transição energética. 

“Os Estados Unidos estão muito quietos e isso é preocupante”, disse um integrante da delegação brasileira, sob condição de anonimato. “Os chineses estão mais vocais, estão falando que uns devem sair dos fósseis na frente, outros depois, mas 'todos' devem sair. Estão construtivos”, indicou. 

Outra fonte apontou que a ideia de nomear especificidades para um ou outro combustível fóssil já está praticamente afastada. “Se for escolher qual fóssil, não vão aceitar de jeito nenhum”, resumiu essa fonte. “Mas não tem bonzinho aqui. A Europa colocou colchetes em quase tudo relativo aos meios de implementação em adaptação”, acrescentou, referindo-se ao modo como os países podem afastar bloquear trechos do texto em análise, por meio de diversas opções apresentadas entre colchetes. 

Neste caso, dificultar os meios de implementação significa impor obstáculos ao financiamento para os países mais pobres – outro aspecto sensível dentro da COP.

Rumo a Belém em 2025

País-sede da COP30, em Belém, o Brasil tem a prioridade de acelerar ao máximo as negociações nesta COP28, já que em dois anos os países deverão apresentar novos compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa – um momento crucial depois da assinatura do Acordo de Paris sobre o Clima, em 2015. 

A pauta prioritária do Brasil agora é manter a meta mais ambiciosa do tratado: que a alta das temperaturas do planeta não ultrapasse 1,5°C até o fim deste século, tendo como base a era pré-industrial. Na trajetória atual de concentração de gases de efeito estufa, a Terra se encaminha para aquecer até quase o dobro deste limite (2,9°C).

Nesse sentido, a diplomacia chegou a propor a criação, pelos cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), de um mecanismo para aferir o quanto cada país contribuiu para o aumento da temperatura global desde 1850. O objetivo é que esses dados impulsionem os objetivos na nova rodada de metas, em 2025.

Meio Ambiente

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