Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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Os Ministérios de Relações Exteriores do Brasil e da China enviaram convites a representantes de 19 países para que participem de uma reunião em Nova York onde será apresentada em detalhes a proposta sino-brasileira para buscar um acordo de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia.

A informação foi publicada neste sábado (21/09) pelo jornal Folha de São Paulo, em matéria do jornalista Ricardo Della Coletta e se refere a uma oferta de diálogo apresentada em maior passado, que foi construída em conjunto pelo chanceler chinês Wang Yi e pelo assessor especial da Presidência do Brasil para assuntos internacionais, Celso Amorim.

O texto da Folha ressalta que os 19 países convidados formam parte do chamado Sul Global, nações em desenvolvimento que antagonizam de alguma forma com o Ocidente, que congrega os países desenvolvidos.

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Formam parte da lista de convidados África do Sul, Arábia Saudita, Argélia, Azerbaijão, Bolívia, Cazaquistão, Colômbia, Egito, Etiópia, Emirados Árabes, Indonésia, Malásia, México, Nigéria, Quênia, Senegal, Tailândia, Vietnã e Zâmbia.

Até o momento, não foram confirmadas as presenças de representantes da Rússia e da Ucrânia, os dois países diretamente envolvidos na guerra. Tampouco há a presença de países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), principal aliado militar de Kiev.

Xinhua
Celso Amorim e Wang Yi foram os principais promotores da proposta sino-brasileira para a paz entre Rússia e Ucrânia

O plano de paz sino-brasileiro é baseado em seis pontos, entre os quais se destaca a criação de uma conferência internacional que seja reconhecida por ambas as partes, com participação igualitária de autoridades russas e ucranianas, além de delegados de países mediadores – entre os quais estariam chineses e brasileiros, mas não somente.

O texto acrescenta a necessidade de estabelecer zonas de segurança nas fronteiras entre os países e mecanismos capazes de proteger civis e regiões densamente habitadas, além de evitar ataques a infraestruturas básicas. Também defende um acordo para o intercâmbio de prisioneiros de guerra.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem criticado duramente a oferta apresentada por Brasil e China, alegando que se trata de uma posição “pró-Rússia”.

O encontro para a apresentação da proposta está programado para a próxima sexta-feira (27/09), durante a 79ª Assembleia Geral da ONU, evento que terá início na terça-feira (24/09) e cujo discurso inaugural é feito tradicionalmente pelo presidente do Brasil – será a décima vez que essa tarefa será realizada por Luiz Inácio Lula da Silva.