Ao expressar “grave preocupação”, o gabinete presidencial da Coreia do Sul condenou nesta quinta-feira (20/06) a assinatura do chamado “Tratado de Parceria Estratégica Abrangente” entre a Rússia e a Coreia do Norte, um acordo que consiste na cooperação militar e econômica mútua em caso de guerra, acrescentando que analisará a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia.
“Pretendemos reconsiderar a questão do apoio armamentista à Ucrânia”, confirmou o conselheiro do Gabinete de Segurança Nacional sul-coreano, Jang Ho Jin, durante uma coletiva concedida no escritório presidencial em Yongsan. Segundo a imprensa local, outro alto funcionário do órgão ressaltou que o governo do presidente Yoon Suk Yeol “tem uma política de não fornecer armas letais à Ucrânia, e está dizendo que revisará essa política”.
De acordo com Jang, seu país manterá uma ambiguidade estratégica em relação aos tipos de armas que poderão ser enviados a Kiev.
“As medidas específicas serão reveladas mais tarde e será interessante ver como a Rússia responde, em vez de revelarmos nossos planos antecipadamente”, afirmou. De fato, até o momento, o gabinete presidencial não tratou sobre nenhuma iniciativa em específico.
A Coreia do Sul também argumentou que o acordo entre Moscou e Pyongyang violam as sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“O governo enfatiza claramente que qualquer cooperação que, direta ou indiretamente, ajude a Coreia do Norte a aumentar o seu poder militar é uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU […]”, afirmou a Presidência por meio de comunicado, acrescentando que as decisões tomadas pelos dois países aliados desgastariam naturalmente as relações entre Seul e Moscou.
Jang também garantiu que seu país aumentará as sanções contra Moscou. Atualmente, existem 1.159 artigos sujeitos a controles de exportação para a Rússia após o início da operação na Ucrânia. Agora Seul adicionará outros 243, elevando o total para 1.402 artigos sob sanções.
(*) Com Sputnik News