A Coreia do Sul reiterou nesta quinta-feira (07/11) que não descarta a hipótese de fornecer armas diretamente à Ucrânia, diante da possibilidade do envio de soldados norte-coreanos para a Rússia em meio ao conflito entre os dois países.
Até agora, Seul concedeu apenas ajudas humanitárias a Kiev, política que pode mudar dependendo do “nível de envolvimento” de Pyongyang na guerra, segundo o presidente Yoon Suk-yeol.
“Adaptaremos gradualmente nossa estratégia de apoio. Isso significa que não excluímos a possibilidade de fornecer armas”, disse Yoon, de acordo com a agência sul-coreana Yonhap.
O líder conversou por telefone com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem pode se encontrar pessoalmente ainda neste ano.
Um dos temas abordados na conversa de 12 minutos foi a participação da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. No final de outubro passado, o Pentágono afirmou que Pyongyang enviou 10 mil soldados à Rússia, informação que não foi negada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Contudo, ressaltou que a cooperação militar de Moscou com Pyongyang é assunto interno da Rússia e que as duas nações decidirão por si mesmas a aplicação do artigo sobre assistência militar mútua na guerra contra a Ucrânia.
O tratado foi assinado em junho passado em uma reunião diplomática entre Putin e Kim Jong-un e é composto por 23 artigos, que envolvem a expansão da cooperação no comércio, economia, investimento, ciência e tecnologia, incluindo os campos do espaço e do átomo pacífico.
O governo de Kim Jong-un, por sua vez, não confirmou os relatos de que tenha enviado militares parReuniãoReunião diplomática entre o presidente sul-coreano diplomática entre o presidente sul-coreanoa a Rússia. No entanto, comentou a acusação, dizendo que um suposto envio de tropas à Rússia estaria em conformidade com o direito internacional, mas sem confirmar a participação na guerra.
(*) Com Ansa, RT en español, Sputnik e TASS