Cuba rejeita acusações dos EUA sobre envolvimento na guerra da Ucrânia
Governo cubano classificou as alegações de Washington como ‘caluniosas’ e ‘infundadas’, e destacou sua política de tolerância zero ao mercenarismo
O governo cubano rejeitou categoricamente, neste sábado (11/10), as “falsas acusações” divulgadas pelos Estados Unidos sobre o suposto envolvimento do país no conflito militar na Ucrânia, as quais descreveu como “caluniosas” e infundadas.
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores enfatizou que “Cuba não faz parte do conflito armado na Ucrânia, nem participa com efetivos militares ali ou em qualquer outra nação”. Segundo o documento, a narrativa promovida por Washington repete versões que surgiram em 2023 em alguns veículos de comunicação “sem apresentar provas ou fundamento de qualquer tipo, e claramente cumprindo um serviço obrigatório”.
O texto ressalta que o Estado cubano não autorizou nem incentivou a participação de seus cidadãos na guerra: “Nenhum deles tem o incentivo, o compromisso ou o consentimento do Estado cubano para suas ações”. A nota também destacou que o país mantém uma “prática de tolerância zero em relação ao mercenarismo, ao tráfico de pessoas e à participação de seus cidadãos em qualquer confronto armado em outro país”, condutas consideradas crimes graves pela legislação nacional.
O Itamaraty cubano lembrou que, em setembro de 2023, ao detectar a presença de cubanos no conflito ucraniano, foram tomadas medidas “para neutralizar o recrutamento em território nacional” e iniciados processos judiciais. Entre 2023 e 2025, “nove processos criminais pelo crime de mercenarismo contra 40 réus foram movidos perante tribunais cubanos”, dos quais 26 já foram condenados a penas de prisão que variam de cinco a 14 anos.
O ministério esclareceu que os cubanos envolvidos na guerra “foram recrutados por meio de organizações que não residem em nosso país, nem têm qualquer vínculo com o governo cubano”, e que a maioria desses casos se origina “entre cidadãos que residem ou permanecem temporariamente em vários países”.
O governo da ilha sustentou que Washington “não forneceu, nem poderá fornecer, nenhuma evidência para apoiar as acusações infundadas e falsas de sua nova campanha difamatória contra Cuba“.























