Terça-feira, 15 de julho de 2025
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Com apelos por um “cessar-fogo imediato” no conflito em Kiev, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, realizou nesta terça-feira (02/07) sua primeira visita à Ucrânia desde o início da guerra em fevereiro de 2022.

A Presidência da Hungria informou que Kiev foi a primeira visita de Órban após assumir o mandato temporário da União Europeia “porque questão da paz é importante não apenas para a Ucrânia, mas igualmente para toda a Europa”.

Considerando que a guerra “afetou profundamente a segurança europeia”, o chefe de governo húngaro também a necessidade que as negociações de paz com Moscou sejam aceleradas.

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“As regras da diplomacia internacional são lentas e complexas. Pedi ao presidente ]Zelensky] que considerasse a possibilidade de reverter a ordem e acelerar as negociações de paz com um cessar-fogo rápido. Um cessar-fogo vinculado a um limite de tempo que cria uma oportunidade para acelerar as negociações de paz”, declarou.

Órban também indicou que vai elaborar um relatório para o Conselho da União Europeia, formado por todos os  primeiros-ministros da UE, com base em decisões que podem ser adotadas pelo bloco pelo fim do conflito.

Campanha ‘Free Palestina’

Zelensky, por sua vez, declarou que Kiev está devastada pelo conflito e precisa de uma “paz justa, duradoura e honesta”. O presidente ucraniano ainda apelou para que a Europa continue ajudando financeiramente seu país.

miniszterelnok.hu/en/
Reunião entre Órban e Zelensky também resultou em acordos bilaterais

“É muito importante para todos nós que o apoio da Europa à Ucrânia permaneça a um nível suficiente. Falei sobre o que já conseguimos com os nossos parceiros e convidei a Hungria e Orbán a se juntarem aos esforços feitos”, declarou Zelensky em relação às iniciativas pela paz, como a cúpula sediada pela Suíça em junho passado.

O mandatário ucraniano agradeceu ainda a participação da Hungria na reunião, que não convidou a Rússia para dialogar sobre soluções para o conflito.  Zelensky ainda informou que a reunião com Órban teve “resultados bilaterais positivos” com acordos econômicos e políticos.

Órban é aliado do presidente russo Vladimir Putin. Além disso, a Hungria é o país na União Europeia e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mais resistente ao apoio à Ucrânia. Assim, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou que a Rússia “não tem expectativas” em relação à visita de Orbán, pois Budapeste “deve cumprir as suas funções” após assumir a presidência rotativa da União Europeia.

Em relação ao assunto, Zelensky ainda disse torcer que o semestre húngaro no comando do bloco “promova eficazmente os valores, objetivos e interesses” de Kiev.

(*) Com Ansa