O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou nesta segunda-feira (17/06) que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) somente aceitará a Ucrânia como membro se o país conseguir vencer a Rússia na guerra que os dois países travam desde fevereiro de 2022.
“Primeiro, (a Ucrânia) precisa vencer esta guerra, e nós (Estados Unidos) estamos fazendo tudo o que podemos para garantir que ela consiga fazer isso”, explicou o funcionário norte-americano.
Além disso, Kirby esclareceu que está não é a única condição imposta a Kiev para que forme parte da aliança militar. Os problemas do país com casos de corrupção também poderiam ser um obstáculo, segundo o porta-voz.
“A corrupção continua sendo um problema (na Ucrânia), mas, sem dúvida, há outras coisas que qualquer nação que queira aderir (à OTAN) deve solucionar”, frisou Kirby.
Conferência na Suíça
A declaração acontece um dia após a conclusão da Conferência pela Paz na Ucrânia, que representantes de 90 países na Suíça e terminou com uma declaração conjunta rechaçada por vários países, incluindo o Brasil.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, recusou o convite para o evento alegando que seu país pretende ser um mediador dos esforços de paz para o conflito, razão pela qual somente assistiria a encontros nos quais estejam presentes tanto autoridades russas quanto ucranianas.
A postura manifestada pelo Brasil foi a mesma adotada pelo governo da China. Ambos os países participaram do evento na Suíça enviando apenas seus embaixadores locais. Outros países do BRICS chegaram a levar seus chanceleres, mas também não assinaram o documento final: foi o caso de Índia, Arábia Saudita e África do Sul.