Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Exército de Kiev perdeu cerca de um milhão de militares, entre mortos e feridos, e cerca de 20 mil tanques e veículos blindados, declarou nesta quarta-feira (18/12) o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov.
“A perdas do adversário desde o início da operação militar especial são de cerca de um milhão de homens entre mortos e feridos, aproximadamente 20.000 mil tanques e veículos blindados, mais de 19.500 peças de artilharia de campanha e mais de 1.500 lançadores múltiplos de foguetes”, detalhou Gerasimov em uma reunião com militares de outros países.
Enquanto isso, a Rússia aumentou para 1,5 milhão o seu número de militares. “Dois exércitos de armas combinadas, um corpo de exército e 16 formações, bem como dois distritos militares foram formados nas Forças Terrestres em 2024. Uma nova formação das Forças Aeroespaciais também foi criada”, explicou Gerasimov.
Assim, de acordo com ele, as tropas da Rússia têm a iniciativa e estão avançando na linha de frente, apesar da “assistência colossal” para Kiev do Ocidente.
“Atualmente, mais de 30 países estão fornecendo produtos de aplicação militar para Kiev. As contribuições mais significativas são feitas pelos EUA, Reino Unido, Alemanha, França e Dinamarca. O total de assistência financeira externa para a Ucrânia foi de cerca de US$ 350 bilhões [R$ 2,14 trilhões], dos quais para fins militares foram [alocados] cerca de US$ 170 bilhões [R$ 1,04 trilhão]”, disse Gerasimov.
Desde o início do conflito, o Ocidente forneceu à Ucrânia mais de 6.400 tanques e veículos blindados, mais de 150 aviões e helicópteros, 40 mil drones, apontam dados do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia.
Apesar disso, mais de 190 assentamentos residenciais foram libertados neste ano e cerca de 4,5 mil quilômetros quadrados de território ficaram sob controle russo, afirmou o oficial.
Falando sobre a incursão ucraniana na região de Kursk, que teve como objetivo fazer com que a Rússia transferisse reservas de Donbass, o general afirmou que “isso não aconteceu”, mas que as forças armadas russas “acumularam grande experiência de combate no engajamento de vários braços de forças” e que “os objetivos da operação serão definitivamente alcançados”.
(*) Com Sputnik e TASS