O ministro da Defesa da China, Dong Jun, afirmou nesta sexta-feira (13/09) que a “negociação” é a única saída para acabar com as guerras em Gaza e na Ucrânia. A declaração foi dada durante a cerimônia de abertura do 11º Fórum Xiangshan de Pequim, uma reunião anual e global de segurança que conta com a participação de altos funcionários militares na capital chinesa.
“Para resolver questões importantes, como a crise na Ucrânia e o conflito israelense-palestino, promover a paz e a negociação é a única saída”, disse Dong, pedindo para que todas as nações promovam “desenvolvimento pacífico e governança inclusiva”.
Durante seu discurso, o ministro chinês pontuou que é necessário proliferar “conceitos de segurança nacional” como forma de garantir que “novas tecnologias possam beneficiar melhor toda a humanidade”, fazendo referência aos esforços dos Estados Unidos que pretendem bloquear o acesso de Pequim à tecnologia avançada.
“Os principais países devem assumir a liderança na salvaguarda da segurança global, abandonar uma mentalidade de soma zero e abster-se de intimidar os pequenos e os fracos”, acrescentou a autoridade chinesa em crítica velada a Washington.
Com o tema “Promovendo a paz para um futuro compartilhado”, o fórum prevê a participação de 500 representantes de mais de 90 países, incluindo Rússia, Paquistão, Cingapura, Irã e Alemanha, e organizações ao longo de três dias.
Os tópicos de discussão envolvem as relações entre os governos norte-americano e chinês, conflitos regionais, a segurança na Europa e na Ásia, inteligência artificial, e os desafios da defesa em um mundo multipolar.
O vice-secretário adjunto de Defesa dos EUA, Michael Chase, marcou presença no evento. Segundo a agência de notícias Reuters, a expectativa é de que o alto funcionário do Pentágono envie uma mensagem de que Washington prioriza o envolvimento em nível militar com a China, numa tentativa de estabilizar as tensões crescentes entre as duas potências.