A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) apresentará ao governo da Ucrânia suas exigências por medidas contra a corrupção no país para que Kiev possa negociar sua adesão à aliança, revelou um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA ao jornal britânico The Telegraph nesta quarta-feira (03/07).
Segundo o representante norte-americano, as autoridades da OTAN informarão o governo do presidente Volodymyr Zelensky durante a cúpula da aliança, que será realizada em Washington de 9 a 11 de julho.
Assim, os aliados da OTAN deverão pedir “medidas adicionais” de Kiev para combater a corrupção antes das negociações de adesão.
Esta exigência dos países-membros da aliança militar ocidental será definida por escrito no comunicado da OTAN, que será assinado na cúpula em 9 de julho, disse o funcionário, complementando que as reformas feitas por Kiev nos últimos dois anos também serão elogiadas.
“Uma vez que eles continuam fazendo essas reformas, queremos elogiá-las, queremos falar de medidas adicionais que precisam ser tomadas, particularmente no domínio da luta contra a corrupção. É uma prioridade para muitos de nós ao redor da mesa”, disse o funcionário citado pela mídia britânica.
No final de setembro de 2022, Zelensky disse que o seu país estava solicitando a adesão acelerada à OTAN.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista à revista norte-americana Time, reconheceu ter testemunhado uma “corrupção significativa” na Ucrânia em visitas ao país durante seu mandato como vice-presidente.
Enquanto a união de Kiev à aliança militar ocidental não acontece, o país é classificado apenas com o status de “garantias de segurança” que visam proteger o país de ataques russos durante seu processo de adesão .
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reiterou que Moscou considera o estatuto de não alinhado da Ucrânia vital para pôr fim ao conflito que dura desde fevereiro de 2022.
O objetivo declarado de Kiev de aderir à aliança liderada pelos EUA foi uma das razões da Rússia para lançar uma ofensiva contra a Ucrânia.
(*) Com Sputnik