O ataque realizado pelo exército ucraniano neste domingo (23/06) um ataque contra a praia de Uchkuyevka, na cidade de Sebastopol, capital da Ucrânia, sofrerá retaliações de Moscou, segundo as autoridades russas. A operação resultou na morte de ao menos quatro pessoas e deixou 151 feridos, segundo os reportes mais recentes.
As críticas mais veementes foram feitas pelo vice-presidente do Conselho de Segurança Russo, Dmitri Medvedev, que assegurou ter provas de que os Estados Unidos forneceram à Ucrânia as armas utilizadas no ataque, e que se tratavam de bombas de fragmentação, consideradas proibidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em coletiva realizada nesta segunda-feira (24/06), Medvedev também utilizou fortes palavras contra os dois países, chegando a afirmar que Washington e Kiev “arderão no inferno”.
“Os bastardos dos Estados Unidos forneceram mísseis com bombas de fragmentação aos ‘banderistas’ (alusão aos seguidores de Stepan Bandera, ucraniano que foi colaboradores do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial) e ajudaram no ataque. Os bastardos de Kiev apontaram para uma praia com civis e apertaram o botão. Ambos queimarão no inferno. Esperemos que não apenas no fogo sagrado, mas também no fogo terrestre”, declarou o funcionário russo.
Entre as medidas adotadas pelo governo russo após o ataque a Sebastopol está o chamado a consultas da embaixadora norte-americana em Moscou, Lynne Tracy, devido ao fato de que a inteligência russa garante ter provas do envolvimento de Washington na operação.
Entre as medidas adotadas pelo governo russo após o ataque a Sebastopol está o chamado a consultas da embaixadora norte-americana em Moscou, Lynne Tracy, devido ao fato de que a inteligência russa garante ter provas do envolvimento de Washington na operação.
Entre as medidas adotadas pelo governo russo após o ataque a Sebastopol está o chamado a consultas da embaixadora norte-americana em Moscou, Lynne Tracy, devido ao fato de que a inteligência russa garante ter provas do envolvimento de Washington na operação.
Outra medida adotada pelo governo russo após o ataque a Sebastopol foi o chamado a consultas da embaixadora norte-americana em Moscou, Lynne Tracy.
Por sua parte, o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, afirmou que outras cinco localidades da cidade também foram atingidas pelas bombas, mas somente o ataque à praia produziu vítimas fatais até o momento.
“Foi uma ação repulsiva, com o objetivo claro de matar civis. Algumas pessoas atingidas estavam voltando do trabalho, outras eram famílias com crianças que estavam aproveitando o verão (no hemisfério norte)”, acrescentou o governador.
Justificativa ucraniana
Segundo Mikhail Podoliak, um dos assessores diretos do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Kiev considera que a praia de Uchkuyevka não pode ser considerado u malvo civil, porque seu governo considera não só aquela zona como toda a Crimeia como um “território ucraniano ocupado pela Rússia”.
“Não é possível haver praias na Crimeia, nem zonas turísticas. Se tratada de um lugar que está ocupado, há hostilidades e uma guerra em grande escala na região”, comentou Podoliak em um canal de Telegram ligado ao governo ucraniano.
Comunicado da OTAN
Apesar de o governo dos Estados Unidos ainda não ter se pronunciado sobre o ataque, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, emitiu declaração para dizer que “a assistência militar prestada à Ucrânia não faz da nossa aliança uma parte no conflito”.
“O nosso apoio não nos transforma em ator deste conflito. Trata-se apenas de garantir que a Ucrânia possa exercer o seu direito à autodefesa”, disse a autoridade máxima da OTAN, em coletiva em conjunto com o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (24/06).
Stoltenberg se recusou a responder perguntas sobre uma possível responsabilidade dos Estados Unidos no fornecimento das armas usadas durante o ataque a Sebastopol, como acusa o governo russo.