Durante visita a Brasília, esta semana, o premiê da Eslováquia, Robert Fico, comentou o cenário de guerra entre a Ucrânia, país vizinho do seu, e a Rússia, governada por Vladimir Putin, de quem é aliado.
O líder do Partido Social Democrata eslovaco esteve na capital brasileira no início da semana e se encontrou com o vice-presidente Geraldo Alckmin na terça-feira (10/12). No mesmo dia, deu entrevista ao jornal Folha de São Paulo, na qual defendeu que a Europa deve buscar a normalização das relações com Moscou.
“Devemos iniciar um diálogo normal (com a Rússia), porque o que está acontecendo hoje não é normal. E garanto que quando a guerra acabar para todos, tudo será como de costume. Todos irão para lá (Rússia), todos vão querer comprar e vender (com a Rússia)”, declarou Fico.
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Durante a entrevista, o mandatário eslovaco fez duas previsões, sendo a principal delas a derrota da Ucrânia ao final da guerra, acrescentando que acredita que o país governado por Volodymyr Zelensky deve perder cerca de um terço do seu território no conflito.
“O Ocidente decidiu que usaria este conflito para a guerra visando enfraquecer a Rússia; sanções foram introduzidas; bilhões de euros e dólares vão para a Ucrânia, muita ajuda humanitária, muitas armas. Qual é o resultado? Os russos estão ganhando cada vez mais território, as sanções não estão funcionando e a Ucrânia não está mais forte para possíveis negociações”, analisou o premiê.
A outra previsão é que Kiev não conquistará um dos objetivos buscados por seu governo, que é o ingresso do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).