As defesas aéreas da Rússia derrubaram na madrugada desta quarta-feira (21/08) pelo menos 46 drones ucranianos em seis regiões do país, incluindo pelo menos 10 que tinham como destino Moscou, no que as autoridades russas consideraram “uma das maiores tentativas” de Kiev contra sua capital desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
“A defesa em camadas criada por Moscou contra veículos aéreos não tripulados inimigos tornou possível repelir com sucesso todos os ataques. As forças de defesa aérea do Ministério da Defesa abateram 10 unidades esta noite. Esta é uma das maiores tentativas de ataque a Moscou com drones de todos os tempos. Continuamos monitorando a situação”, declarou o prefeito moscovita Serguei Sobyanin pelo Telegram.
Outros 23 aviões não tripulados foram abatidos em Briansk; seis, em Belgorod; três, em Kaluga; dois, em Kursk; e um, em Oriol.
Por outro lado, as forças russas lançaram três mísseis e 69 drones em direção à Ucrânia, dos quais 66 foram abatidos ou colocados fora de combate eletronicamente, de acordo com a Aeronáutica de Kiev. 10 aviões não tripulados tinham como destino a capital ucraniana e foram derrubados em fase de aproximação.
Os confrontos entre ambas as partes se intensificaram em 6 de agosto, quando a Ucrânia deflagrou uma incursão terrestre na região fronteiriça russa de Kursk com pelo menos dois mil combatentes.
Segundo o representante permanente adjunto da Rússia nas Nações Unidas, Dmitri Polianski, a escolha ucraniana de ataque foi “inequívoca a favor da escalada e de novas hostilidades”.
Sem negociações
A agência de notícias russa TASS informou nesta quarta-feira que, após a primeira ofensiva ucraniana em Kursk, Moscou garantiu que não manterá negociações com Kiev “até que o inimigo seja completamente derrotado”.
“Tudo se encaixou depois que os neonazistas realizaram esse ato de terrorismo contra a região de Kursk. A conversa fiada sobre a paz maravilhosa por mediadores não autorizados acabou. Agora, todos entendem – mesmo que ninguém diga isso publicamente – que não haverá negociações até que o inimigo seja completamente derrotado”, escreveu o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, no Telegram.
(*) Com Ansa