Sábado, 12 de julho de 2025
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A Rússia e a Ucrânia completaram neste domingo (25/05) a troca de prisioneiros de guerra que envolveu a libertação de mil pessoas, entre militares e civis, de cada lado. Confirmada pelo Ministério da Defesa de Moscou e pelo governo ucraniano, a operação fechou um acordo firmado em Istambul, na Turquia, há mais de uma semana.

O processo de libertação foi dividido em três dias. Na terceira e última, os dois lados libertaram 303 militares. Na sexta-feira (23/05), ambos os países já haviam trocado 390 prisioneiros de guerra, enquanto no sábado (24/05), 307.

Na visão do vice-ministro da Defesa russo, coronel-general Alexander Fomin, o sucesso da troca deverá criar um clima favorável para discutir as condições para a resolução do conflito. Moscou já manifestou que “certamente haverá” uma segunda rodada de negociações com o país de Volodymyr Zelensky.

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“Esperamos que a troca em larga escala de prisioneiros, realizada por iniciativa da Rússia, facilite a criação de um clima favorável para discutir as condições para uma resolução pacífica da crise ucraniana”, declarou o russo, citado pela Interfax.

Prisioneiros russos viajam em ônibus após uma troca de prisioneiros, em acordo firmado com a Ucrânia, na Bielorrússia
VCG

Paralelamente, o ministro do Interior da Ucrânia, Ihor Klymenko, apontou que as forças de Moscou efetuaram o “maior ataque” contra Kiev desde o início do conflito, que ocorreu em 13 regiões diferentes e, segundo o governo, resultou em 12 mortos e 60 feridos. 

“O mundo pode estar de férias, mas a guerra continua, independentemente dos fins de semana e dias úteis. Isso não pode ser ignorado. O silêncio dos Estados Unidos e de outros países ao redor do mundo só encoraja Putin”, disse Zelensky por meio do Telegram.

Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia informou que suas defesas aéreas abateram 110 drones ucranianos durante a noite.

Em contraste com as alegações de que o Kremlin não está interessado na solução do conflito, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, ressaltou à televisão Zvezda que o sucesso na troca de prisioneiros, um acordo proposto pela Rússia, prova que o Ocidente está errado em supor que Moscou não quer negociar.

“Este é um exemplo eficaz e prático de como nosso país se comporta no cenário mundial, inclusive no contexto da crise ucraniana. Este exemplo derruba completamente os argumentos de toda a comunidade liberal-ocidental alegando que a Rússia não quer negociações, que não está pronta”, disse ela.

(*) Com Ansa e TASS