Quarta-feira, 16 de julho de 2025
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Os governos da Rússia e da Ucrânia realizaram uma nova troca de prisioneiros de guerra nesta quinta-feira (19/06), em conformidade com os acordos de Istambul alcançados no começo de junho, anunciou o Ministério da Defesa russo.

“Um grupo de militares russos foi resgatado de uma área controlada por Kiev. Em troca, um grupo de prisioneiros de guerra ucranianos foi entregue [a Kiev]”, informou a pasta, acrescentando que os soldados que retornaram foram levados ao território de Belarus, onde recebem assistência médica e psicológica.

Todos eles “serão levados para a Federação Russa para tratamento e reabilitação em organizações médicas”, informou o ministério.

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O governo ucraniano também confirmou a troca de prisioneiros. Entretanto, as autoridades de ambos os países não divulgaram de imediato quantas pessoas foram libertadas.

Soldados russos retornam ao país em meio à troca de prisioneiros com Ucrânia
Ministério da Defesa da Rússia/TASS

Putin pronto para negociações

Na noite de quarta-feira (18/06), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou estar pronto para se reunir com seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mas apenas na fase final das negociações para “encerrar” o conflito. A posição foi dada durante um encontro com jornalistas internacionais em São Petersburgo, de acordo com a agência Interfax.

Segundo o veículo de notícias, o chefe do Kremlin ressaltou que, entretanto, “a questão é quem assinará” o acordo de paz, lançando dúvidas sobre a legitimidade de Zelensky, cujo mandato expirou em maio de 2024 sem a realização de eleições devido à lei marcial.

O líder russo ainda acrescentou a abertura de seu governo a possíveis contatos com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, mas que duvida que Berlim possa fazer “uma contribuição maior do que os Estados Unidos como mediador nas negociações com a Ucrânia”.

“A Alemanha pode contribuir mais do que os Estados Unidos como mediadora em nossas negociações com a Ucrânia? Duvido. Um mediador deve ser neutro”, afirmou Putin, classificando a Alemanha “como muitos outros países europeus, um Estado não neutro, e sim um partido que apoia a Ucrânia”.

Na próxima semana, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) realizará uma encontro em Haia para discutir um aumento do gasto militar para 5% do PIB. No entanto, Putin não considerou que “o rearmamento da OTAN seja uma ameaça ao país”. Pelo contrário, o mandatário afirmou que Moscou dispõe de dispositivos bélicos necessários para se defender.

Por fim, o líder do Kremlin destacou que “acredita” que o presidente norte-americano Donald Trump “está certo” quando diz que, se tivesse sido eleito em 2022 no lugar do ex-mandatário Joe Biden, “não teria havido guerra” na Ucrânia.

(*) Com Ansa, Sputnik e TASS